Seu Problema É Nosso
Na Restinga, projeto que ensina basquete pede apoio
Iniciativa que atende 45 jovens da Capital se mantém exclusivamente por meio de doações
Para continuar levando a jovens do bairro Restinga, em Porto Alegre, lições de esporte e cidadania, o projeto Basquete Para Vida precisa de ajuda. Sem patrocínio fixo e funcionando em um espaço cedido pela prefeitura da Capital, a continuidade das atividades depende exclusivamente de doações.
– Neste ano, recebemos pouca ajuda, tanto de empresas quanto de pessoas físicas. Estamos racionando os recursos, economizando nos lanches – explica um dos fundadores do projeto, o administrador Richard Welligton Barbosa, 35 anos.
Ele divide com o amigo e profissional de Educação Física Lucas Laurentino dos Santos, 34 anos, o comando do Basquete Para Vida.
Várias mãos
Segundo Richard, o projeto é um trabalho de “várias mãos”. Isso porque teve início entre amigos que buscavam levar aos jovens do bairro conhecimentos sobre o esporte e também lições que os preparassem para a vida.
– O basquete nos mudou. Mudou nossas vidas. E nós queríamos dar essa oportunidade a outros garotos daqui também. Se eles se tornarem profissionais, ótimo. Mas nosso objetivo é focar no social por meio do esporte – explica ele.
Mais que esporte
Para isso, além de oferecer lições técnicas de basquete aos sábados, a iniciativa acompanha o desempenho escolar dos jovens e conta com momentos que visam prepará-los para a vida adulta e profissional. Até o ano passado, um curso de inglês capitaneado por Richard também era oferecido aos participantes.
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– Mas como o Cecores (Centro de Comunidade Restinga) entrou em reformas, perdemos o espaço em que atuávamos. Apenas agora que conseguimos um novo, em uma escola – diz.
Atualmente, o Basquete Para Vida tem 45 alunos matriculados e outros 20 candidatos em uma fila de espera. Richard esclarece que essa lista existe porque não há recursos para expandir a iniciativa. É que, além de se manter através de doações, o projeto conta apenas com um treinador.
– Precisaríamos de uma estrutura maior. E é muito difícil de conseguir alguém que ensine basquete, que é um esporte mais restrito. Nosso professor é um ex-aluno que se qualificou e voltou – revela.
Aluno virou professor
Morador do bairro Restinga, o profissional de Educação Física Victor Lima, 22 anos, conta que sempre ouviu de Lucas, seu treinador à época, que um dia ocuparia aquele posto. Uma aposta que sequer era cogitada pelo garoto, mas que se concretizou.
– Sempre fui muito competitivo e tive facilidade de liderar meus companheiros de time – justifica.
Victor ressalta que, apesar de ter passado por outros clubes no processo de profissionalização, foi no Basquete Para Vida que recebeu a base:
– Graças àqueles ensinamentos, consegui me formar na faculdade, viajei para vários lugares para jogar e vivi momentos únicos. Hoje, estou aqui retribuindo.
Como ajudar
/// O projeto aceita doações financeiras através do Pix (CNPJ) 43686571000134.
/// Interessados em contribuir com recursos não financeiros podem entrar em contato pelo e-mail basqueteparavida@gmail.com.
/// O Basquete Para Vida também divulga informações nas redes sociais: @basqueteparavida no Instagram e no Facebook.
Produção: Guilherme Jacques