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Em Alvorada, acúmulo de lixo em terreno causa transtornos há quase 10 anos

Na altura do número 675, na Rua Alfredo da Rocha, é possível avistar restos de materiais de construção, móveis, colchões e até animais mortos 

24/01/2024 - 05h00min

Atualizada em: 24/01/2024 - 05h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Aquivo Pessoal / Aquivo Pessoal
Sem saber quem é o proprietário do terreno, moradora recorre à prefeitura para pedir a limpeza do local

Um questão que se arrasta por quase uma década ainda não teve uma solução permanente. Em um terreno baldio na Rua Alfredo da Rocha, altura do número 675, no bairro Bela Vista, em Alvorada, há um ponto de descarte irregular de lixo que causa transtornos aos moradores que vivem nos arredores. 

O Diário Gaúcho acompanha o caso desde 2017, quando a coordenadora de departamento pessoal Jéssica Almeida, 31 anos, fez a denúncia, após conviver com o problema por dois anos. Sua casa fica ao lado do terreno, que é privado, mas não se tem a identificação do dono. Por isso, quando a sujeira começa a atingir a calçada, ela precisa recorrer à prefeitura para solicitar a limpeza. 

– Está cada vez mais difícil viver aqui. A cada ano que passa, a situação piora. Pelo que me lembre, a última limpeza foi feita há quase dois anos – desabafa. 

Uma reportagem publicada em maio de 2021 mostrou que pessoas desconhecidas dos moradores chegaram a ocupar o local por alguns meses, mas que, ainda assim, o descarte irregular permaneceu. 

Risco 

Restos de materiais de construção, móveis, colchões e até animais mortos são jogados no terreno. O rejeito tomou conta da calçada, impedindo que pedestres transitem pelo trecho. Conforme explica a moradora, os resíduos já estão chegando próximo ao trecho da via por onde os veículos passam. 

– A situação está perigosa, porque já prejudica a visibilidade do motorista, que precisa desviar. Tenho medo de que aconteça um acidente – comenta. 

Além desse ponto, do outro lado da casa de Jéssica, há mais um terreno que não recebe cuidados há cerca de três meses, após o falecimento do proprietário. Por isso, durante esse período, a grama alta tomou conta do local. 

Com a sujeira acumulada nos dois lados da residência, é comum a presença de ratos, baratas e outros insetos na casa da moradora. Há algumas semanas, vizinhos denunciaram o abandono de um animal morto: 

– Esses dias, tivemos que enterrar um gato que jogaram aqui do lado. O mau cheiro era tanto que não conseguíamos nem ficar no pátio da frente. 

Insegurança 

Jéssica precisa conviver com galhos que atingem sua casa, devido ao crescimento de árvores que não são podadas. Conta que entrou em contato com a prefeitura em dezembro, pedindo a limpeza do local. Contudo, disseram que a demanda iria entrar para uma lista de espera, já que o caminhão responsável pelo serviço estava fora de funcionamento e não havia previsão para o conserto. 

Uma das principais preocupações da moradora é e o risco de contrair doenças. Ela já foi diagnosticada com dengue duas vezes e acredita que o terreno seja um local propício para a proliferação do mosquito responsável pela transmissão. 

Para proteger o filho, Bernardo Gonçalves, quatro anos, ela usa repelentes e revela que evita levá-lo para brincar no pátio: 

– Meu maior medo é que ele também tenha dengue. Cuidamos ao máximo. Embora ele fique triste, porque ele adora estar lá (no pátio), mas não deixamos mais. 

O local abandonado também gera insegurança, em especial à noite. Isso porque Jéssica acredita que pode servir de abrigo para criminosos: 

– Já avistamos pessoas estranhas ali e, à noite é um breu só, não se enxerga nada. Se alguém pular aqui para o nosso pátio, ninguém vê nada.


Prefeitura prevê limpeza 

A Secretaria de Serviços Urbanos diz que o local está incluído no seu cronograma de limpeza. No entanto, devido ao temporal de terça-feira (16), a prioridade foi dada à retirada de árvores caídas. Quanto ao veículo danificado, foi feito o reparo e já está funcionando. A pasta estima que a limpeza seja feita no decorrer desta semana.

Produção: Nikelly de Souza



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