Papo Reto
Manoel Soares: "5 regras para curtir o Carnaval"
Colunistas escreve para o Diário Gaúcho aos sábados
Essa semana rolou o julgamento do jogador Daniel Alves. Acusado na Espanha de estuprar uma mulher, ele pode pegar até nove anos de prisão. Conversando com amigos homens, fiquei espantado como muitos tentam encontrar uma linha de raciocínio que justifique Daniel Alves ter feito o que fez. São uns papos sem sentido que têm como principal argumento que as mulheres são parcialmente responsáveis pela violência que sofrem, pois provocam os homens. Essa parada de justificar seus atos alegando que os homens são animais irracionais que têm instintos incontroláveis é a coisa mais escrota e covarde que já ouvi quando falamos de violência contra a mulher.
Nós, homens, de maneira geral, somos educados para ver as mulheres como “presas”, e nós somos os “predadores”. Uma mulher de shortinho curto para muitos de nós é uma provocação, uma calça justa é uma forma de desafiar nossa masculinidade. Entendem como isso é babaca? Somos idiotas o suficiente para achar que as mulheres colocam roupas e se arrumam para nós. É muito se achar o centro do universo, mas a real é que a mulher se veste para ela mesma. Quando a mulher se veste levando em conta o que nós homens pensamos, é por medo de nossas reações. Se acha que é mentira, pergunte para a sua mãe se antes de ir à padaria ela já não teve que trocar de roupa.
Bom, Carnaval está rolando e você precisa se lembrar das cinco regras básicas de convivência com mulheres:
1) A roupa das meninas não é um convite para você chegar chegando.
2) O “sim” de uma mulher bêbada quer dizer “não”.
3) Por mais que você e ela estejam pelados, se ela disser que quer parar, ela pode.
4) “Não” quer dizer “não”.
5) Qualquer tipo de relação corporal, mesmo sem penetração, pode ser tipificada como estupro, ou seja, se ela disse não e você insistiu, é estupro.
Bom Carnaval!