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Família de Viamão ainda precisa de ajuda para comprar cadeira de rodas adaptada

Equipamento deve ajudar jovem com diagnóstico de paralisia cerebral e distrofia muscular a corrigir postura

04/03/2024 - 05h00min

Atualizada em: 04/03/2024 - 05h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Cárem Silva / Arquivo pessoal
João já passou por uma cirurgia e deve fazer outras duas, mas ainda assim precisa de uma cadeira especial.

Três meses depois de aparecer no Diário Gaúcho em busca de ajuda para comprar uma cadeira de rodas especial, o jovem João Vitor de Araujo Silva, 18 anos, segue sem alcançar seu objetivo

A mãe dele, Cárem Cristina de Araujo Silva, 45 anos, conta que a família, que vive no bairro Santo Onofre, em Viamão, conseguiu aumentar a arrecadação. Não, porém, o suficiente para custear tudo o que é necessário

– Conseguimos os R$ 12 mil para a cadeira, mas isso é apenas para pagar a estrutura de ferro. Ele precisa ainda de uma adequação postural digitalizada, que custa cerca de R$ 8 mil – diz Cárem sobre o procedimento, que consiste em escanear o corpo do paciente para produzir as almofadas do equipamento conforme a anatomia dele. 

Com diagnóstico de paralisia cerebral e distrofia muscular, João já passou por uma cirurgia para correção de um desgaste no fêmur direito e ainda precisa de mais dois procedimentos ortopédicos – um deles deve ser feito neste ano.  

Atualmente, fica deitado ou sentado em tempo integral. Ele não consegue caminhar ou se movimentar sem apoio. Segundo a mãe, também sofre com dores constantes, causadas pela falta de mobilidade e pela postura inadequada.  

Deste modo, sem a cadeira, o jovem não só deixa de ter qualidade de vida como também sofre com a progressão do problema, que é degenerativo. Além disso, a demora também afeta as esperanças da família e o prognóstico dado pelos médicos. 

– Ele sonha com a possibilidade de andar, quer muito conseguir a cadeira. E o médico já disse que, no mínimo, quer colocá-lo em pé. Então, tenho que explicar que precisamos aguardar, que é caro, que tudo tem seu tempo e vai acontecer quando Deus quiser – lamenta. 

Pais buscam trabalho

Enquanto se esforça para alimentar as esperanças do filho, Cárem também precisa lidar com as próprias preocupações e frustrações. Isso porque, há poucos dias, ela perdeu o trabalho que tinha como cuidadora. E, agora, tem vivido de “bicos” eventuais para obter renda. 

Antes, em dezembro, o marido dela, que trabalhava em uma empresa terceirizada de manutenção de escolas públicas, já tinha sido demitido. 

– A empresa perdeu o contrato de prestação de serviços. A nova já tinha pessoal, e ele foi dispensado. Está recebendo seguro-desemprego, não estamos desamparados, mas é difícil. Às vezes, tenho vergonha de não poder dar ao meu filho o que ele precisa – desabafa a mãe, que tem, entre as despesas fundamentais, o convênio médico de João. 

Ela lembra que a contratação do serviço foi indicação de um médico do Sistema Único de Saúde (SUS) para poder agilizar o tratamento de que o filho precisava. 

– Minha família ajuda. Não deixamos nunca (de pagar). É por isso que, mais no meio do ano, ele vai poder fazer a primeira das duas cirurgias de que precisa. 

Ajude

  • Doações podem ser feitas pelo Pix (CPF) 80811477053, em nome de Cárem Cristina de Araujo da Silva. 
  • Tanto Cárem quanto o esposo buscam oportunidades de trabalho. Ela tem experiências como cuidadora, ele com serviços gerais. 
  • A família também busca a doação de uma cama hospitalar para João. Atualmente, ele usa uma emprestada por uma conhecida, mas ela deverá ser devolvida. Motivo pelo qual precisam de uma própria.

*Produção: Guilherme Jacques


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