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Em Porto Alegre, família de criança busca ajuda para comprar medicamento

Jadryel tem leucemia e precisa fazer tratamento que custa R$ 60 mil antes de passar por transplante de medula óssea 

03/04/2024 - 14h01min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Arquivo pessoal / Arquivo pessoal
Jadryel faz tratamento desde no Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre, desde 2021.

Em uma corrida contra o tempo, a família de Jadryel dos Santos Pinheiro Nogueira, 13 anos, busca ajuda para comprar o medicamento que ele precisa usar antes de fazer um transplante de medula óssea. Ele faz tratamento para leucemia mieloide aguda no Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto Alegre. 

Porém, para que seja realizado o transplante, é necessário que Jadryel faça, antes do procedimento, uma quimioterapia de condicionamento, a fim de eliminar as células neoplásicas – ou seja, que foram reproduzidas em quantidade anormal. O Tiotepa, uma das medicações que faz parte desse tratamento prévio, não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde para pacientes de leucemia e custa cerca de R$ 60 mil, conforme orçamentos que a mãe do menino, a cuidadora de idosos Luiza Gabriela Souza dos Santos, 39 anos, fez. 

– As farmácias podem tentar por ordem judicial um preço abaixo, mas assim demora de um a três anos para sair o resultado. Ele precisa da medicação até novembro, que é quando acaba o protocolo de quimioterapia que ele está fazendo atualmente – diz a mãe. 

Assim que conseguir o medicamento, Jadryel, que não depende de um doador, pode ser submetido à operação. 

– A médica disse que isso é para preparar o corpo para receber as células-tronco. Vão tirar as células-tronco dele, tratar e repor elas saudáveis. A quimioterapia que ele faz é muito agressiva e mata a medula que está tentando sobreviver – complementa. 

Leucemia

Na verdade, pelo que conta Gabriela, o ideal seria ter o Tiotepa à disposição “para ontem”. É que Jadryel luta contra o câncer desde 2021, quando ainda morava em Santa Rosa, no noroeste do Estado, com a avó. Depois de diferentes tentativas de tratamento e contínua piora da doença, o transplante é uma medida de urgência. 

Arquivo pessoal / Arquivo pessoal
Aos 13 anos, Jadryel passa pela terceira tentativa de quimioterapia.

O primeiro sinal do problema veio em 2019, quando, depois de se machucar na escola, Jadryel fez uma ressonância que mostrou manchas de sangue na cabeça. Dois anos depois, o menino começou a apresentar sintomas como perda de cabelo, sonolência e emagrecimento e voltou ao hospital para fazer exames. Então, descobriu-se que o coágulo havia se tornado um tumor. 

Por isso, ele foi transferido para o Hospital da Criança Santo Antônio e veio morar na Capital com a mãe. Foi quando teve início a radioterapia, que alcançou um bom resultado. Mas, no ano passado, o tumor voltou a crescer. Foi preciso começar um novo tratamento de quimioterapia ambulatorial. Ainda assim, a doença continuou avançando. 

Um agravante do problema é a localização do tumor, que está no meio da passagem da medula. Isso faz Jadryel precisar usar uma válvula para escoar o líquido por outro canal. Em novembro de 2023, a válvula ficou obstruída e o equipamento foi trocado com urgência. Mas o tumor estava inchando e foi feita uma cirurgia de risco para a retirada parcial. Assim, decidiu-se fazer a quimioterapia de alta dosagem, na espera pelo transplante. 

Dificuldades 

A vida da família tem sido ir do hospital para casa, e vice-versa. Desde que veio para a Capital, Jadryel não pode frequentar a escola nem realizar outras atividades por recomendação médica. A mãe precisou sair do emprego para dar conta dos cuidados do filho, e os dois contam com a ajuda do Instituto da Criança com Câncer e do padrasto do menino para sustentar a casa onde vivem, no bairro Chapéu do Sol. 

– Quando ele não está internado para a quimioterapia, está tomando injeções para melhora da imunidade, porque ele fica sem nada de defesas no corpo. No hospital, todos gostam muito dele – relata a mãe do garoto.

Ajude

/// Contribuições financeiras podem ser feitas na vaquinha online, em bit.ly/vaquinha-jadryel.
/// Mais informações e outras formas de ajudar podem ser obtidas com a mãe pelo telefone: (51) 98555-8098.

Produção: Caroline Fraga


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