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Sogra e nora: veja regras de convivência para a relação não terminar em briga

Cuidados redobram quando as duas moram juntas

18/04/2019 - 13h32min

Atualizada em: 18/04/2019 - 15h13min


Estevam Avellar / TV Globo,Divulgação
Stela e Mirtes em O Sétimo Guardião

O arranca-rabo entre Stela (Vanessa Giácomo) e Mirtes (Elizabeth Savalla) em O Sétimo Guardião parece estar longe do fim. Nos próximos capítulos, a sogra beata prometerá acabar com a gravidez da nora, que decidiu fazer uma inseminação artificial com o sêmen de um doador, já que o marido, José Aranha (Paulo Rocha) não pode ter filhos. Fora da ficção, sogras e noras também podem enfrentar dificuldades para se relacionar – principalmente quando moram na mesma casa. Conversamos com especialistas para descobrir por que os atritos acontecem, e o que pode ser feito para tornar o dia a dia mais leve.

DEBAIXO DO MESMO TETO: VOCÊ É CAPAZ DE LIDAR COM AS DIFERENÇAS?

Seja por necessidade ou opção, muitos casais trocam alianças e decidem morar na casa dois pais de um dos cônjuges. O mesmo pode ocorrer com aqueles que ainda estão na fase do namoro ou do noivado. Entretanto, dividir o mesmo teto com a mãe do companheiro pode ser um desafio diário. Segundo Denise Quaresma, psicóloga e professora do programa de pós-graduação da Universidade Feevale, a proximidade entre as pessoas faz com que os laços fiquem mais estreitos – tanto para os bons sentimentos quanto para os menos positivos. 

- Morar juntos, neste caso, depende da capacidade de lidar com as diferenças existentes - afirma.

É PRECISO CEDER

Vale lembrar que, quando a nora decide morar com a sogra, deve respeitar as normas da residência.

- Se a casa é da sogra, é ela quem determina as regras do local. Entretanto, ela também deve ceder um pouco e entender que a nora precisa se sentir confortável morando ali - esclarece a psicoterapeuta de casal, família e sexualidade e colunista do Falando de Sexo, Andréa Alves.

Quando o casal tem sua própria casa, algumas mães podem apresentar dificuldade em aceitar o afastamento do filho. Por vezes, o homem adulto continua sendo tratado pela mãe como uma criança, o que exige paciência da companheira. 

- Isso é inadequado, e a nora pode ficar incomodada. Há mães que não conseguem limitar esse amor e se acham "donas" dos seus filhos. Então, se inicia uma disputa entre duas mulheres pela atenção do mesmo homem - diz.

O PAPEL DELE

João Cotta / TV Globo/Divulgação
José Aranha e Stela

O filho ou companheiro pode auxiliar para que a mãe e a esposa tenham um bom relacionamento. Ou, no mínimo, deve optar por não contribuir na manutenção dos conflitos. 

- Percebe-se que muitos acabam colocando "gasolina no fogo", expressando opiniões que ferem as mulheres de sua vida - explica Denise. 

É fundamental que o homem se posicione dentro do núcleo familiar, mas com cautela. Ele pode, por exemplo, "filtrar" palavras e atitudes negativas.

- O filho deve evitar levar aspectos negativos da mãe para a esposa ou vice-versa. Caso se sinta incomodado, precisa explicar a situação para ambas - ensina Andréa.

QUANDO ELAS SE DÃO BEM, NÃO TEM PRA NINGUÉM

É importante deixar claro que existem, sim, sogras e noras que convivem em harmonia. Para Denise, quando isso acontece, é sinal de que elas compreenderam que amam o mesmo homem de formas diferentes. 

- Assim, estarão ensinando o bom relacionamento familiar aos filhos e netos - diz. 

Se "desarmar" pode ser a chave para uma boa convivência. Quando elas têm carinho e respeito entre si, podem ser aliadas e até mesmo grandes amigas.

DICAS DE CONVIVÊNCIA

/// Nora: entenda que eles são mãe e filho e têm uma história de vida. Procure conversar com sua sogra caso não concorde com alguma atitude dela.

/// Sogra: busque ver sua nora não somente como a mulher do seu filho, mas como membro da família e mãe de seus netos. Valorize-a.

/// Para ambas: o diálogo é fundamental e pode tornar o convívio mais harmonioso. Se não conseguirem superar os problemas sozinhas, vocês podem recorrer à terapia familiar, que costuma trazer bons resultados. 

Fontes: Andréa Alves, psicoterapeuta de casal, família e sexualidade e Denise Quaresma, Pós-doutora e professora do programa de pós-graduação (PPG) em Diversidade Cultural e Inclusão Social da Universidade Feevale. Produção: Rossana Gueller Ruschel


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