Depois do sucesso do inovador Bem Sertanejo, show que surgiu a partir de um quadro do Fantástico que reunia só as feras da música sertaneja, Michel Teló volta para as suas origens ao gravar o DVD Baile do Teló. Registrado ao vivo, em setembro, no Espaço das Américas, em São Paulo, o álbum resgata um período fundamental da carreira do cantor: a época em que foi vocalista do grupo Tradição, de Mato Grosso do Sul, um ícone dos bailes pelo país.



Cheio de convidados e efeitos especiais, o álbum é uma festa de primeira, com mais de três horas de show. Por e-mail, o músico conversou com Retratos da Fama sobre esse novo trabalho que deve ser lançado no próximo mês.

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Retratos da Fama - Como surgiu a ideia de gravar o Baile do Teló?
Michel Teló - Eu queria retornar às minhas raízes sul-mato-grossenses (ele é natural de Medianeira, no Paraná, mas se criou em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde os pais foram morar por conta de um comércio do qual são proprietários). E isso significa voltar ao que me formou como músico, que foram os bailões em Campo Grande, onde eu cresci e comecei a cantar muito novo. Passei a integrar o Tradição e, 12 anos depois, parti em carreira solo. Eu fui criado e moldado nessas festas que não tinham hora para acabar, cujo único objetivo era levar alegria para as pessoas.

Retratos - Este DVD, então, é uma volta às origens, já que você surgiu no Tradição?
Teló - Exatamente. Eu canto desde os meus 12 anos de idade. Tinha um grupo chamado Guri com uns amigos e com o meu irmão. Passávamos horas tocando em bailes de Campo Grande. Eram quatro ou cinco horas de show. Depois, veio o Tradição, que só reforçou essa veia de festejar, de comandar bailes, e que eu já tinha.

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Retratos - Aliás, alguns integrantes estão na gravação desse DVD. Os convidados são de gêneros bem diferentes. Essa era a ideia: buscar a diversidade?
Teló - Sim. Os meus ex-companheiros de Tradição estiveram no show e, é claro, estarão no DVD. Fiquei muito feliz em tê-los ao meu lado. Já Breno e Caio Cesar são dois meninos muito talentosos, que fazem parte do meu escritório e que representam a nova música sertaneja. E, com o Seu Jorge, eu tenho vontade de gravar desde o DVD Sunset, mas as nossas agendas nunca batiam. Estou muito honrado em ter a participação desse artista que é tão completo.

Retratos - O que o público pode esperar de novidades na parte tecnológica do show?
Teló - Nos meus 22 anos de carreira, muita coisa mudou, não existia internet quando eu comecei a cantar. Hoje, está ao alcance de todos, e eu quis usar isso de todas as maneiras possíveis na hora de gravar o DVD. Desenvolvemos
um aplicativo onde eu mesmo entro em cena convidando pro show, em realidade aumentada, uma tecnologia que permite a união do cenário real com elementos virtuais.
Durante o show, é possível tirar fotos interativas comigo através de um display. E, no espetáculo, as pessoas apontam o aplicativo para o palco, e algumas coisas acontecem. Tem projeção de uma chuva no led do telão, que parece cair nas pessoas e nos desenhos que aparecem só nos telões, dando a sensação de que podem ser pegos, como se estivesse de óculos 3D. Quero que  quem compre o DVD sinta como se estivesse participando do show. Teremos uma versão com câmera 360º para assistir ao espetáculo em casa.

Retratos - Já existe previsão de este show chegar a Porto Alegre ou Florianópolis?
Teló - Estamos planejando. O DVD deve sair em novembro. Depois, vamos viajar com esse show pelo Brasil todo.

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