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Só se fala noutra coisa

Guri de Uruguaiana fala do Natal na infância: "Na ceia, não tinham chester, peru ou tender. Era frango assado mesmo".

22/12/2018 - 10h00min


Chegou o Natal e, nesta época do ano, eu sempre lembro da minha infância em Uruguaiana. Lá em casa, toda a parentada se reunia, e a minha mãe botava os filhos na faxina. A gente se matava limpando a casa para deixar tudo um brinco. E, quando chegavam as visitas, a mãe falava: “Não repara na bagunça”!  Que raiva que me dava. 

Fabrício Eckhard / Divulgação
Fico sentimental nesta época!

E, para impressionar os parentes, ela usava uma louça nova, que ficava  guardada na cristaleira. No resto do ano, a gente só usava copos de extrato de tomate e garfos que entortavam a cada fincada no bife. Que barbaridade! 

Na ceia de Natal, não tinham estas frescuras de chester, peru ou tender. Era frango assado mesmo. E ainda tinha sorteio para ver quem comeria as coxas. Sempre dava briga! 

Papai Noel magrelo

Para bancar a chique, a minha mãe fazia a maior enganação do Natal: maionese de maçã. Todo mundo embarcava. Até hoje, nunca conheci uma viva alma que goste de maionese de maçã! Pior que ela botava uva passa em cima, para deixar ainda pior! 

Outra coisa que não podia faltar no Natal era o amigo-secreto da família com presentes de até 10 pilas! Só valia presente bom: pano de prato, toalha de rosto, meia, cueca, sabonete, e por aí vai… Eu sempre ficava torcendo para pegar o meu tio Onório, que era muito preguiçoso, e dava logo o dinheiro de presente. Ele dizia: “Toma, compra o que tu  quiser”. O que eu quiser? Com 10 pilas? 

Mas o mais engraçado era quando a gente ganhava presente e tirava o papel com todo cuidado para não rasgar, pois o embrulho era reaproveitado para encapar os cadernos no colégio.

O Papai Noel da festa era daqueles magrelos, com máscara de plástico. Assustava toda a gurizada! Era só chegar que começava a gritaria, até ele tirar a máscara, para o piazedo parar de chorar! 

Eu nunca tive expectativas em relação aos presentes, pois sempre ganhava a mesma coisa: as roupas usadas dos meus irmãos mais velhos. Mas, chê, Feliz Natal! Que o Bom Velhinho seja bem generoso contigo!

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Shows de Verão

Tiago Trindade / Divulgação
Tô preparado para a estação, chê!

Vem aí a minha nova temporada de shows! Confira.

Capital

/// O quê: shows no Porto Verão Alegre

/// Quando: 21, 22, 23, 24, 30 e 31 

de janeiro, às 21h 

/// Onde: Teatro Amrigs, Avenida Ipiranga, 5.311

/// Quanto: R$ 32, à venda em portoveraoalegre.com.br

Litoral

/// Cassino – 17/1: Sac – Sociedade Amigos do Cassino, Avenida Rio Grande, 98, às 21h

/// Albatroz – 19/1: Sabal – Sociedade Amigos do Balneário de Albatroz, Avenida Albatroz, s/nº, às 21h

/// Tramandaí  – 26/01: Sat – Sociedade Amigos de Tramandaí, Avenida da Igreja, 624, às 21h

/// Cidreira – 2/2: Amigos e Amigos – Rua Arildo Luiz Da Rosa Pinto, 2.917, às 21h

///  Pinhal – 8/2: Sap – Sociedade Amigos de Pinhal, Avenida General Osório, 1.030, às 21h

/// Capão da Canoa – 9/2: Capão da Canoa F.C., Avenida Paraguassu, 2.361, às 21h

/// Quanto: R$ 25 (meia-entrada), R$ 30 (inteira antecipada), R$ 40 (vip bagual antecipada), R$ 50 (inteira na hora) e R$ 60 (vip bagual na hora)

Causos da Fronteira

Na noite de Natal, e a patroa cobra do gaudério:

– Já compraste o meu presente?

– Claro que não, tchê! Eu já te dei aquela maquiagem cara uma barbaridade no Dia dos 

Namorados, lembra?

– Mas aquele foi o presente de Dia dos Namorados!

– Mas, tchê! Não leste a embalagem? A validade é de dois anos!

Tirinha

Reprodução / Reprodução



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