Seu Problema É Nosso
Iniciativa sobre autismo pede ajuda para expandir ações
Projeto busca conscientizar comunidades escolares sobre o transtorno do espectro autista
Para aumentar o alcance do projeto Autismo Cartoon, criado há mais de cinco anos, Emanuele Souza da Silva, 32 anos, precisa de apoio financeiro. O objetivo é formalizar a iniciativa que leva esclarecimento sobre o transtorno do espectro autista a escolas de todo o Brasil. A estimativa é de que sejam necessários R$ 3 mil que pagariam os profissionais e documentações necessárias.
Atualmente, o projeto é mantido apenas pela moradora do bairro Planaltina, em Passo Fundo. Ela vende doces junto com o sogro para arrecadar dinheiro:
– Acordo às 5h, faço os doces, termino às 8h e meu sogro sai para vender. Em seguida, eu vou para as escolas. É corrido e eu não tenho esse dinheiro para formalização.
Alcance
De acordo com Emanuele, o conteúdo produzido pelo Autismo Cartoon já foi apresentado a mais de 60 escolas, de forma presencial e remota.
– Já falei com colégios daqui (do Estado), de Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro, porque as pessoas ficam sabendo ou acompanham nas redes e me convidam – conta.
Nas instituições de ensino, ela leva a conscientização para crianças, adolescentes e professores. E, nos últimos tempos, passou a participar de eventos diversos.
– Tenho várias frentes e formas de falar com o público. Para as crianças, por exemplo, criei a personagem Tia Madalena – explica.
Diversão
Atrapalhada, com sotaque forte e acompanhada de dois bonecos que representam crianças autistas, o Igor e a Lívia. Foi assim que Emanuele concebeu a personagem Tia Madalena.
– Estudei por muito tempo e criei um texto para esclarecer. Esse material foi validado por especialistas que fui conhecendo nessa jornada – destaca.
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A jornada, a que ela se refere, começou quando o filho mais novo, Anthony da Silva Bueno, nove anos, foi diagnosticado autista.
Início
Emanuele conta que buscou informações para lidar com o caçula, à época com dois anos. Porém, só começou o projeto mais tarde, a pedido do outro filho, Juan da Silva Bueno, dez anos:
– Ele queria que eu fosse na sala de aula dele falar sobre, já que os colegas perguntavam por que o Anthony não falava e ainda usava fraldas.
A iniciativa agradou a escola, que incentivou a mãe a levar a ação para o restante dos alunos. Depois disso, os convites passaram a exigir cada vez mais de Emanuele.
– Meu plano é abrir um instituto, contratar pessoas autistas e conseguir mais visibilidade.
Colabore
/// Emanuele aceita doações financeiras pelo Pix 02659227047.
/// É possível acompanhar o projeto e saber mais pelo Instagram @autismo_cartoon.
Produção: Guilherme Jacques