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Novela das sete

Abuso, bipolaridade, Alzheimer e outros assuntos fundamentais abordados em "Dona de Mim"

A autora Rosane Svartman vem mostrando com delicadeza dramas da vida real

01/10/2025 - 11h43min

Atualizada em: 01/10/2025 - 11h51min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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Léo Rosario/TV Globo/Divulgação

Nem só de romances, barracos familiares e confusões é feita uma novela. As tramas ficcionais podem – e devem – abordar temas relevantes da nossa sociedade. Enquanto nos entretemos com a história, temos momentos de reflexão a respeito de assuntos que, na vida real, fazem parte da vida de muita gente. 

Em suas criações, Rosane Svartman leva a sério o papel social da teledramaturgia. Em Dona de Mim, a autora apresenta diversas questões que atravessam os limites da ficção, tocando fundo a quem, na vida real, pode ter passado ou estar passando pelos mesmos problemas.

Abuso sexual

Angélica Goudinho/TV Globo/Divulgação
Kami tenta lidar com o trauma de ter sido estuprada

Aplaudida por sua atuação nas cenas da semana passada, Giovanna Lancellotti mergulhou de cabeça no drama de Kami. Assediada nas redes sociais, a moça acabou sendo estuprada pelo seu perseguidor, em cenas fortes, mas muito necessárias. 

A violência contra a mulher é uma das feridas abertas da nossa sociedade, e quanto mais falarmos sobre o assunto, mais vítimas se sentirão acolhidas e abraçadas em suas dores mais profundas.


Envelhecimento e Alzheimer

Léo Rosario/TV Globo/Divulgação
Dona Rosa vem se perdendo dentro de si mesma

Suely Franco é uma joia rara no elenco de Dona de Mim. Na pele de Rosa, emociona até em cenas sem palavras, só pelo olhar. A matriarca da família Boaz vem, desde o início da trama, apresentando um doloroso processo de esquecimentos e confusões mentais. Diagnosticada com Alzheimer, ela luta para fazer valer suas decisões, provando que, pelo menos por enquanto, continua lúcida e firme para defender a família e a fábrica. Seja nas cenas mais leves e doces, com a netinha Sofia (Elis Cabral), seja nos momentos em que se perde dentro de si mesma, a atriz de 85 anos mostra um drama que aflige milhares de famílias na vida real.


Bipolaridade

Fábio Rocha/TV Globo/Divulgação
Depois de vários surtos, Filipa descobriu que tem um transtorno

Intensa, emocionada, “de lua”, criativa em excesso... Filipa (Claudia Abreu) viveu com vários estigmas durante a vida, alternando episódios de euforia com os de profunda tristeza. Ao finalmente procurar ajuda profissional, a personagem recebeu o diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). Com terapia e medicação adequadas, ela tenta se manter firme na corda bamba de suas emoções, o que nem sempre é possível. Claudia Abreu dá show nas sequências de surto, mas também emociona quando exibe os momentos de maior fragilidade de Filipa.


Corrupção policial

Léo Rosario/TV Globo/Divulgação
Sonho de Marlon virou pesadelo

Idealista e cheio de esperança de mudar o mundo, Marlon (Humberto Morais) sempre teve o sonho de ser policial, mas isso virou pesadelo em seu início na corporação. Logo nas primeiras ocorrências, deparou com abusos de autoridade, violência e casos de corrupção entre os colegas. Ao denunciar as coisas erradas que viu, acabou sendo alvo de represálias e até de uma tentativa de homicídio. Aos poucos, o rapaz vem se desiludindo e percebendo que certas coisas nunca irão mudar.


Vida depois da prisão

Manoella Mello/TV Globo/Divulgação
Ryan tenta mostrar que quer andar na linha

No passado, Ryan (L7nnon) se envolveu com o tráfico de drogas, mas estava decidido a largar a vida de crime. Só que, no dia em que foi até a “quebrada” dizer que ia sair do movimento, uma batida policial virou sua vida de cabeça pra baixo. Preso, cumpriu pena de sete anos, o que o fez perder o amor de Kamila e o convívio com o filho, Dedé (Lorenzo Reis). Graças ao advogado Yuri (Jean Paulo Campos), Ryan está em liberdade, mas há algumas amarras que o impedem de seguir em frente. Além de precisar pagar a dívida do irmão com os criminosos, ele enfrenta o preconceito da sociedade, maior rival de quem busca a ressocialização.


Burnout

Manoella Mello/TV Globo/Divulgação
Stephany descobriu que a vida acadêmica também adoece

A tal estafa ou esgotamento mental que costumamos associar ao excesso de trabalho não acontece só na vida profissional. Stephany (Nikolly Fernandes) é estudante de Enfermagem e lida com a pressão de dar o melhor de si nos estudos. Porém, a jovem descobriu que a vida acadêmica também adoece, e foi diagnosticada com burnout. Depois do susto, ela decidiu pegar mais leve, e contou com o apoio da família para cuidar melhor da própria saúde.


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