No Beira-Rio
Com show de Alan Patrick, Inter goleia o Atlético Nacional e assume liderança do Grupo F na Libertadores
Camisa 10 colorado marcou três vezes para o time de Roger Machado, que volta a campo domingo contra o Fortaleza, pelo Brasileirão

Em Libertadores até um 3 a 0 é suado. O Inter ampliou a sua invencibilidade para 16 jogos no ano após bater o Atlético Nacional por 3 a 0, na noite desta quinta-feira (10). Os colombianos foram adversários dos mais encardidos. Quem limpou a situação foi Alan Patrick, com três gols — dois deles de pênalti.
O Inter chegou aos quatro pontos e lidera o Grupo F por ter melhor saldo do que o Bahia. O Atlético Nacional tem três pontos. O Nacional-URU está zerado.
A vida colorada na Libertadores pausa nas próximas semanas. O time volta a jogar pela competição no dia 22, quando enfrenta o Nacional, em Porto Alegre. Até lá, dedicação exclusiva ao Brasileirão. A sequência de partidas tem Fortaleza, no domingo (13), Palmeiras e Grêmio.
Começo físico e vertical
Não foram precisos muito segundos para o torcedor colorado perceber a noite complicada que teria pela frente. As vaias para a arbitragem e o empurra-empurra entre os jogadores no fim do primeiro tempo emolduraram a competitividade e a fisicalidade mostradas em campo.
A pequena confusão se deu pela indignação vermelha sobre critérios para a marcação de faltas e apresentação de cartões de amarelo.
Ainda no primeiro minuto da partida, Anthoni defendeu um chute cruzado sem força. Foi o primeiro sinal da periculosidade do adversário, sobretudo através de Hinestroza. O atacante com passagem pela base do Palmeiras atormentou principalmente a vida de Bernabei.
No jogo mais físico disputado pelo Inter até aqui em 2025, o duelo se desenrolou como um confronto vertical. Não no sentido de um futebol direto, de bolas longas, mas no sentido de objetividade.
As marcações adiantadas de ambos os lados não permitiam tempo para trocas longas de passe. Os dois times roubaram bolas nas imediações da área do oponente, mas não reverteram o quadro em gol.
O ritmo frenético resultou em três boas chances para o Inter. A que passou mais perto foi uma cabeçada de Fernando em escanteio. O arremate raspou a trave.
Wesley chegou a deitar um adversário com um drible, aos 17 minutos. Na hora do chute, esbarrou no goleiro Ospina.
Ainda houve outra jogada envolvendo o atacante colorado, em lance similar. A bola chegou a Valencia em situação insuficiente para vencer o arqueiro colombiano em dividida.
Aos 35, Hinestroza partiu na esquerda, costurou para o meio do campo e arrematou. Anthoni controlou o chute sem maiores problemas.
Brilho do camisa 10
Quem teve a percepção de facilidade para o Inter após os primeiros segundos da etapa final se equivocou. O gol logo no início não arrefeceu a vontade colombiana.
No primeiro ataque colorado, Wesley foi derrubado por Cándido na área. Alan Patrick cobrou, deslocou o goleiro e colocou os colorados em vantagem.
O time de Roger só se desenganchou dos maiores problemas aos 24 minutos, quando Hinestroza cometeu falta ríspida em Vitinho e foi expulso. A torcida colorada vibrou como se fosse gol. Bernabei deve ter tido o mesmo sentimento.
O técnico Javier Gandolfi por reclamação acintosa, também foi excluído da partida. Ali as forças do Atlético Nacional se esvaíram.
Entre o gol de pênalti e os cartões vermelhos, quatro oportunidades foram criadas. Duas para o Inter. Duas para os visitantes. A mais cristalina foi salva por Anthoni. Viveros avançou livre área. O goleiro colorado cresceu à sua frente e abafou o lance.
A vantagem no placar e na quantidade de jogadores em campo fez Roger promover a estreia de Tabata no ano. O Atlético incomodou menos. A oportunidade para ampliar surgiu.
Em outro pênalti. Agora, sofrido por Vitinho. O cobrador não mudou. Alan Patrick, aos 36 minutos, trocou o canto, deslocou o goleiro e ampliou para 2 a 0.
A narração dos gols do Inter na Gaúcha
Quase 5 mil segundos após notar que a noite seria árdua, a torcida colorada fez festa. As lanternas dos celulares iluminaram os minutos finais da partida do líder do Grupo F da Libertadores. Ainda teve tempo para Alan Patrick marcar o terceiro após cruzamento de Aguirre.
Libertadores — 2ª rodada — 10/4/2025
Inter (3)
Anthoni; Aguirre, Rogel (Clayton Sampaio, 19'/2ºT), Vitão e Bernabei; Fernando e Bruno Henrique (Ronaldo, 19'/2ºT); Carbonero (Vitinho, 15'/2ºT), Alan Patrick e Wesley (Tabata, 31'/2ºT); Valencia (Borré, 31'/2ºT). Técnico: Roger Machado.
Atlético Nacional (0)
Ospina; Román, Arias, Tesillo e Cándido; Zapata (Rivero, 26'/2ºT) e Campuzano; Hinestroza, Morelos (Asprilla, 25'/2ºT) e Cardona (Sarmiento, 38'/2ºT); Viveros. Técnico: Javier Gandolfi.
GOLS: Alan Patrick, aos 4, 36 e 42min do 2ºT
CARTÕES AMARELOS: Carbonero, Bernabei, Rogel, Borré (I); Cardona, Rivero (A)
CARTÕES VERMELHOS: Hinestroza e Javier Gandolfi (A)
ARBITRAGEM: Felipe Gonzalez auxiliado por Miguel Rocha e Leslie Vazquez. VAR: Miguel Araos (quarteto chileno).
PÚBLICO: 42.804 (39.225 pagantes)
RENDA: R$ 1.450.770,00
LOCAL: Beira-Rio, em Porto Alegre
Próximo jogo
Domingo, 13/4 — 20h
Fortaleza x Inter
Castelão — Brasileirão (3ª rodada)
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