Preso debochado
Cinco horas após ser preso, investigado por chacina postava em rede social
Um dos presos na ofensiva policial na região do Porto Seco, quinta, recém entrou no Presídio Central e já mandou seu recado pela internet. Filipinho é suspeito de pertencer a quadrilha de traficantes
Eram 3h da madrugada desta sexta, cerca de cinco horas depois de entrar, preso preventivamente no Presídio Central, e Filipe Medeiros César Saldanha, o Filipinho, 19 anos, já estava mandando o seu recado nas redes sociais. Em sua página no facebook, postou:
"Não há nada que 'tras' a liberdade. Se Deus quiser a liberdade vai cantar!".
Considerado um dos líderes da quadrilha que comanda o tráfico na Vila Santa Maria, região do Porto Seco, no Bairro Rubem Berta, Filipinho foi um dos presos na manhã de quinta, durante uma ofensiva policial na região. Ele e Diogo Dutra Cachoeira, o Sadol, 29 anos, também preso quinta, estão entre os investigados pela chacina que vitimou três homens no Bairro Rio Branco, na noite de quarta.
_ Logo que entrou na cadeia, o preso provavelmente já teve um celular à sua disposição. É preocupante, porque mostra que podem continuar se articulando como quadrilha _ afirma o delegado João Paulo de Abreu, da 3ª DHPP, responsável pelas prisões.
Ele pretende notificar a Vara do Júri e a Susepe sobre o incidente. Por enquanto, a postagem não caracteriza nenhum crime.
Filipinho e Sadol tinham prisão preventiva por serem suspeitos do assassinato de Maximiliano da Silva, o Doca, em outubro do ano passado, na Vila Amazônia.
Desde 2013, há uma guerra entre traficantes das vilas Santa Maria e Amazônia. Todas as vítimas da chacina, e de outro duplo homicídio na sequência, eram integrantes do bando que atua na Amazônia.