Descaso em Porto Alegre
PM que liberou jovem desaparecida em Porto Alegre foi ouvido pela polícia
Soldado confirmou que deixou a jovem, que tem deficiência mental, de 19 anos, seguir de ônibus para casa sem comunicar a família. Três dias depois, ela foi encontrada estuprada
Um dos policiais militares envolvidos no possível caso de omissão que terminou com uma jovem de 19 anos, com deficiência mental, vítima de estupro em Porto Alegre, foi ouvido na manhã desta segunda pela 5ª DHPP.
Ele deixou a delegacia sem falar com a imprensa. Mas, em depoimento, teria confirmado que, ao invés de apresentar a jovem, desaparecida horas antes no Centro de Porto Alegre, ao plantão das Delegacias de Homicídios, no Palácio da Polícia, quarta à noite, a deixou na Avenida João Pessoa para que embarcasse em algum ônibus para casa. Ela é moradora do Bairro Mario Quintana, na Zona Norte e, segundo o PM, teria dito que sabia seguir sozinha.
Ela só foi encontrada três dias depois, no Hospital Conceição, vítima de estupro.
De acordo com a delegada Jeiselaure Souza, pelo menos outro policial militar, que teria acompanhado o caso, deverá ser ouvido, assim como o plantonista da 21ª DP, por onde os PMs passaram antes de liberar a menina. O inquérito deverá ser dividido entre as corregedorias da Polícia Civil e da Brigada Militar, que vão apurar as condutas dos agentes, e a Delegacia da Mulher, responsável pela apuração do caso de estupro.
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