A história de um cãozinho que foi arrastado vivo por um carro por cerca de 500 metros, na madrugada de sábado, dia 23, na localidade de Linha Harmonia, em Teutônia, causou comoção e revolta entre os moradores da cidade.

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Segundo o representante comercial Jaime Luis Diehl, 45 anos, ele estava em casa quando percebeu uma movimentação estranha em frente à sua propriedade. Olhou pela janela e viu carros da polícia e dos bombeiros.

- A minha casa fica longe da estrada, mas quando vi um tumulto na entrada do meu terreno fui verificar o que estava acontecendo. quando cheguei na rua, me deparei com a maldade que tinham feito com aquele bichinho - comenta.

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Polícia e bombeiros ajudaram no resgaste  (Fotos: Apante/Divulgação)

Jaime conta que outro vizinho viu o cachorro sendo puxado pela coleira por um motorista que estava num carro preto e fugiu em direção à Rota do Sol. Ele tentou ir atrás do motorista, para tentar identificá-lo ou pegar o número da placa do carro, mas não conseguiu alcançá-lo.

- Não dá para entender o que passa na cabeça de uma pessoa que faz tamanha crueldade. Mesmo com todos os machucados, dá para ver que o animalzinho já era maltratado antes. O veterinário disse que ele está muito desnutrido. Ou ele era um cão de rua, ou o dono queria se livrar dele - questiona.

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No dia do incidente, o cachorro foi encaminhado à Associação Protetora dos Animais de Teutônia (Apante), onde foi atendido por um veterinário ainda durante a madrugada. A voluntária Neide Schwarz, que cuidou do animalzinho durante o final de semana, conta que foi preciso enfaixar as patas.

- O corpinho dele ficou bastante machucado. Perdeu muita pele e está com ferimentos embaixo dos pezinhos - disse.


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Na manhã desta segunda-feira, Jaime levou o cachorro, batizado de Guerreiro, para a clínica Quatro Patas na cidade de Venâncio Aires. Segundo o veterinário responsável, Luciano Frozza, o cão passou por alguns exames e não há fratura presente. Em princípio, tem apenas lesões de tecido mole e tendões que precisam de assepsia e curativos.

- O cachorrinho tem muitas lesões abrasivas (queimadura e pele esfolada) e várias escoriações pelo corpo. Ele também está com vários parasitas como carrapatos, vermes e pulgas - ressalta.

Quando Guerreiro sair da clínica, dentro de uma semana, será encaminhado para adoção. Voluntários da Apante querem encontrar um lar especial para que o cãozinho esqueça os maus-tratos que sofreu.

Candidatos à adoção podem entrar em contato com a associação pela página no Facebook ou pelo site.

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* DIÁRIO GAÚCHO