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Matador preso na noite de quinta coleciona pelo menos duas chacinas

Fernando Lopes Antunes, o Troia, 30 anos, considerado um dos maiores matadores da Capital, foi preso quando visitava o filho recém-nascido, armado, em pleno Hospital Militar.

22/05/2015 - 10h07min

Atualizada em: 22/05/2015 - 10h07min


divulgação / Polícia Civil
Troia é investigado por mais de dez homicídios desde 2013

Há pelo menos três meses os investigadores da 4ª DHPP tentavam mapear os passos de Fernando Lopes Antunes, o Troia, 30 anos, e, no começo da noite de quinta, o surpreenderam enquanto visitava a companheira e o filho recém-nascido, no Hospital Militar de Área de Porto Alegre, no Bairro Auxiliadora.

Na mesma semana em que criminosos atacaram soldados em pleno Quartel-General do Exército, Troia deu mais uma demonstração da ousadia dos bandidos. Em plena zona considerada militar, ele, que era procurado pela Justiça, estava armado com uma pistola 9mm e dois carregadores.

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Considerado o braço direito de Luís Fernando Barbosa de Lima, o Ninho, de acordo com a polícia, Troia era considerado um dos maiores homicidas de Porto Alegre que ainda circulava pelas ruas. Tinha contra si três mandados de prisão preventiva e é investigado por mais de dez homicídios e tentativas de homicídios desde 2013.

- Ele é extremamente violento. Desde a prisão do Ninho, passou a se esconder e provavelmente vinha sendo protegido por um grupo criminoso - afirma o delegado Adriano Melgaço, responsável pela prisão.

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Entre os crimes em que ele é apontado como autor estão duas chacinas no ano passado. Ambas relacionadas à guerra aberta entre ele e Ninho contra traficantes que os teriam expulsado da região da Rua Orfanotrófio, na Vila Cruzeiro.

Em março, Troia estaria entre os atiradores que executaram os jovens Cassiano Gomes Ferraz, 28 anos, Lucas de Deus da Silva, 17 anos, e Henrique Schultz da Silva, 14 anos, no Bairro Teresópolis. Oito meses depois, o ataque foi contra a família de Paulo Roberto Bueno Mor, 33 anos, considerado um dos gerentes do tráfico na Orfanatrófio, em sua casa em Tramandaí. Três foram mortos.

Desde então, Troia e Ninho, que ainda se envolveram na tentativa de homicídio contra um policial militar na Zona Leste de Porto Alegre, deixando o agente paraplégico, estavam jurados de morte pelos rivais.

Como é considerado o braço direito do Ninho, Troia também está entre os investigados pelo ataque ao Hospital Vila Nova, em março deste ano, quando criminosos trocaram tiros com agentes da Susepe que guarneciam o Ninho, ferido.

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* DIÁRIO GAÚCHO

 


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