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Postos de Porto Alegre chegam a cobrar R$ 0,50 a mais pela gasolina
Média do preço da gasolina subiu R$ 0,14 na Capital
Está cada vez mais difícil encontrar gasolina por menos de R$ 3,30 em Porto Alegre.
O Diário Gaúcho e a Zero Hora refizeram ontem o levantamento feito no dia 30 de setembro, quando o aumento anunciado pela Petrobras começou a valer, e identificou que a média de preços subiu R$ 0,14 em seis dias, de R$ 3,34 para R$ 3,48. Os valores representam um aumento de 4,1%, menor do que os 6% anunciados pela petroleira.
A grande maioria dos postos que ainda não havia alterado o preço no dia 30 subiu R$ 0,20 o valor do litro da gasolina comum. O maior aumento, de R$ 0,50, ocorreu no Posto Ipiranga da Avenida Assis Brasil, 1.745: de R$ 3,29, o preço saltou para R$ 3,79, o maior valor encontrado até o fim da tarde de ontem.
O mais barato
O litro mais barato foi encontrado a R$ 3,26 nos Postos Redeox da Assis Brasil, 7.251, e Davi da Assis Brasil, 7.631. Estes dois postos ainda não alteraram o valor mesmo após o reajuste.
Exposição a benzeno contamina frentistas gaúchos, aponta pesquisa
O proprietário de um Posto BR na Avenida Bento Gonçalves - onde também não houve aumento -, Luiz Paulo Garcia Scherer Junior, diz que ainda manterá em R$ 3,39 enquanto o valor não trouxer prejuízo. Como ele já estava cobrando R$ 0,10 a mais do que a maioria dos postos (que antes do reajuste cobravam R$ 3,29), preferiu manter o preço antigo.
O levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) feito entre os dias 27 de setembro e 3 de outubro, aponta que o preço médio da gasolina se manteve o mesmo da semana anterior: R$ 3,31. A pesquisa, porém, ainda abrange dias anteriores ao reajuste, quando o preço estava mais baixo.
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Só o necessário
Com a gasolina mais cara, o trabalhador da construção civil Eduardo Ferreira, 28 anos, já sabe o que fazer: conforme o mês vai passando, ele começa a usar mais o ônibus para ir ao trabalho. Ele admite que tenta sair menos de carro para economizar e já pensa em usar ainda mais o transporte coletivo.
- Abasteço só o necessário e não mais do que R$ 20 por vez.
O gerente de um Posto Shell da Avenida Bento Gonçalves - que preferiu não se identificar - admite que comportamentos como este tem feito o consumo de gasolina baixar a cada novo aumento.
Procon: cliente é quem regula o mercado
Embora o aumento em postos da Capital chegue a R$ 0,50, o diretor-executivo do Procon de Porto Alegre, Cauê Vieria, explica que não é possível estabelecer uma margem não abusiva para o acréscimo. Segundo ele, as condições de compra de combustível da refinaria são diferentes para cada posto. Uma rede de estabelecimentos maior pode conseguir valor mais baixo do que um posto menor, por exemplo.
- É preciso avaliar caso a caso, por quanto compraram e qual o preço final, pra ver se está havendo abuso.
Ele explica que o Procon não fiscaliza preço, mas a conduta do posto, avaliando se é justo ou não o preço praticado. A coordenadora do Procon-RS, Flavia do Canto, considera que é o cliente quem regula o mercado e, por isso, reforça a importância de pesquisar. Com o consumo baixando, a tendência é de que os preços acabam reduzindo também.
*Colaborou Maurício Tonetto.
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