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Solidariedade

Com 16 anos de atuação no Estado, ONG de apoio a pessoas com câncer precisa de doações

Prolongamento da pandemia fez contribuições caírem. Saiba como ajudar!

05/04/2021 - 09h31min


Aapecan / Divulgação
Unidade da Aapecan em Porto Alegre, no bairro São João

De portas abertas durante a pandemia, a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan), que atende gratuitamente quem está em situação de vulnerabilidade social e tem a doença diagnosticada, viu o número de contribuições cair ao longo do último ano. Mas, mesmo diante de novos desafios, a entidade, que completou 16 anos no mês passado, continua a oferecer os serviços de acolhimento, atendimento psicológico e assessoramento jurídico, entre outros, para usuários que travam uma batalha contra o câncer. 

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O trabalho realizado nas 14 unidades da Aapecan pelo Estado é possível por meio da solidariedade de doadores, voluntários e colaboradores que ajudam a cobrir os custos básicos e os repasses aos pacientes. Além das unidades, a instituição mantém 10 casas de apoio, que servem como alojamento para usuários e familiares que precisam ficar em outra cidade para o tratamento da doença. Nas casas, eles recebem hospedagem e alimentação. Antes da pandemia, havia ainda a interação entre pacientes em oficinas e atividades em grupo. 

Conforme a assistente social da instituição, Lauriana Nardini, enquanto acontece a baixa no número de doadores, as demandas crescem: 

– É um momento bem difícil para ongs que sobrevivem de doações. Mesmo com essa queda nas contribuições, mais pessoas nos procuram com necessidades. A equipe da associação correu atrás de outros meios, como nas redes sociais e telemarketing, apelando de todas as formas, para que cada vez mais as pessoas nos conheçam e, assim, contribuam. 

Preocupação

Segundo Lauriana, foi percebido que quem já era acompanhado pela Aapecan passou a precisar de mais auxílio: 

– Pode ser porque, em suas casas, familiares ficaram desempregados ou não conseguiram manter a mesma renda e, desta forma, aumentou a necessidade de auxílio com alimentação.

A entrada de beneficiários ocorre por meio de indicação de hospitais e por procura espontânea. Lauriana acrescenta que pessoas necessitadas também chegam à entidade por meio do contato do telemarketing, que busca por doadores. A partir disso, ela gerencia o cadastro dos usuários, que passa por uma análise socioeconômica. 

O diretor executivo e um dos fundadores, Paulo Vasques, afirma que a principal preocupação da entidade é não deixar usuários sem acolhimento, dietas, suplementos e kits de alimentação: 

– Precisamos nos reinventar nesta pandemia para que nenhum usuário fique sem apoio.

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Qualidade

Devido ao esforço do trabalho em equipe da entidade, o número de pessoas ajudadas e de atendimentos ao longo de 2020 não apresentou grande diferença em relação a 2019. De acordo com a assistente social, o levantamento do Estado mostrou que foram mais de 3.500 usuários apoiados e mais de 150 mil atendimentos no ano passado. 

– Nossa intenção é oferecer um trabalho de qualidade, atendendo à necessidade que cada um tem, que pode ser de apoio de material, em alimentos, psicológico ou até mesmo de orientação. Há pessoas com suspeita do diagnóstico de câncer que nos procuram apenas para saber como conseguir tratamento pelo SUS – afirma Lauriana. 

Segundo ela, o trabalho está sendo adequado às possibilidades, mas ainda não houve migração das atividades para o meio digital, pois diversos pacientes não possuem acesso a internet de qualidade. 

– Mantemos o atendimento presencial individual, por telefone e consulta com a psicóloga, em alguns casos, online. Mas posso afirmar que é transformador ver, no decorrer desses 16 anos, a diferença na vida de tantos usuários – conclui.

COMO AJUDAR

/// Para contribuir, acesse o site da entidade

/// Também é possível entregar doações direto na associação da Região Metropolitana que fica na Rua Ceará, 1.260, bairro São João, em Porto Alegre. 

/// Para mais informações, entre em contato pelo telefone (51) 3014-9500.

Produção: Caroline Tidra

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