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Seu problema é nosso

Fitas de glicose são disponibilizadas a pacientes após problemas em Porto Alegre

A situação de Joel foi relatada na edição de 18 de outubro de 2017. Na época, o jornaleiro precisou comprar uma caixa de fitas, que custa R$ 80, com 50 unidades

06/04/2018 - 11h23min

Atualizada em: 10/04/2018 - 13h11min


Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Joel sofreu com a falta das fitas de medição do índice glicêmico

O jornaleiro Joel de Souza Ribeiro, 36 anos, não está mais preocupado com a falta das fitas que necessita para fazer o teste de glicose. 

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Em outubro do ano passado, o morador do bairro Rubem Berta, em Porto Alegre, que é portador de diabetes tipo 1, ficou um mês sem receber o material: 

— Foi um período bem tenso. Como faço quatro testes por dia, preciso de uma grande quantidade de fitas. Teve uma noite em que não sabia se teria material para o outro dia. 

A situação de Joel foi relatada na edição de 18 de outubro de 2017. Na época, o jornaleiro precisou comprar uma caixa de fitas, que custa R$ 80, com 50 unidades. Por mês, o gasto chegava a R$ 160. 

No final de 2014, Joel teve uma crise glicêmica enquanto trabalhava, desmaiou e foi levado às  pressas para a emergência. 

Durante o atendimento, após exames, o morador da Zona Norte foi diagnosticado com diabetes: 

— Eu nunca tinha deixado de receber. Ocorriam alguns atrasos, mas sempre chegava. A pior parte era que, na época, o hospital não estava atendendo como antes. Parecia que não tinha a quem recorrer. 

Arquivo Pessoal / Leitor/DG
O jornaleiro tem recebido os kits normalmente

Desafios 

Para receber de graça o kit, é preciso levar uma relação de exames e documentos na Secretaria Municipal de Saúde (SMS)

Em outubro, o órgão tinha informado à reportagem que Joel não constava na lista do programa e que a entrega do material ao posto aconteceu com atraso. 

Foi indicado ao jornaleiro que voltasse à sede da secretaria para corrigir o registro. Joel descobriu que a confusão se deu por uma atualização no sistema CADSUS Web, o Cadastro Nacional de Usuários do SUS. 

— Desde então, está tudo muito organizado. 

Saiba mais

Como se cadastrar em Porto Alegre 

— Segundo a Coordenação de Assistência Farmacêutica da SMS, para fazer parte do Programa de Insumos do município, o paciente deve abrir processo administrativo no Núcleo de Expediente da SMS (Avenida João Pessoa, 325, térreo), das 8h30min às 12h e das 13h30min às 17h. 

— Mais informações: pelo telefone 156, opção 6, ou pelo site da prefeitura.

Documentos necessários 

— Formulário "Requerimento Padrão Insumos Diabetes Domiciliar S-837" (pode ser acessado aqui).
—  Laudo e/ou Atestado médico (original), atualizado e válido, emitido em serviço próprio, conveniado ou contratado do Sistema Único de Saúde (SUS), com  CID-10, especificando tratar-se de paciente portador de Diabetes Mellitus tipo I, tipo II ou Diabetes na Gravidez . (Em todos os casos deverá ser atestado o uso contínuo de insulinas).
—   Receita médica (original), atualizada e válida, emitida em serviço próprio, conveniado ou contratado do SUS, contendo tipo de insulinas utilizadas, dosagem, horários de aplicação e correções, caso necessário.
— Prescrição para o Automonitoramento da Glicemia Capilar (AMGC) original, contendo os horários ou turnos de verificação do Hemoglicoteste (HGT).
— Cópia do comprovante de residência atualizado (água, luz ou telefone fixo).
— Cópia da identidade.
— Cópia do Cartão SUS.

*Produção: Leticia Gomes

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