Porto Alegre
ONG Tribo do Leão produz sabão ecológico e faz sucesso na Vila Batista Flores
Grupo também promove ações sociais e projetos de futebol e música
A Organização Não-Governamental (ONG) Tribo do Leão, localizada na Vila Batista Flores, no bairro Mario Quintana, em Porto Alegre, promove ações sociais e projetos de futebol e música, visando um futuro igualitário e digno. O grupo também possui o projeto Sabão da Tribo, que tem como objetivo implementar um trabalho de reciclagem de óleo de cozinha que é transformado em sabão.
Atualmente, por conta da pandemia, seguem em funcionamento apenas o Sabão da Tribo e algumas ações pontuais, como doações de cestas básicas e brinquedos às famílias carentes da comunidade. Segundo Jackson Mollmann, presidente da ONG, as atividades esportivas e musicais devem voltar a partir de março. Antes da pandemia, a Tribo do Leão chegou a atender cerca de cem crianças nas aulas de futebol e 25 alunos nas oficinas musicais.
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Sabão ecológico
A ideia do sabão produzido artesanalmente surgiu no início de 2017 e logo foi posta em prática. A turma reaproveita o óleo de cozinha usado na comunidade para a produção do item de limpeza. De acordo com Jackson, a preparação é rápida, leva em média 20 minutos e resulta em cerca de 25 pequenas barras de 280gr. Depois disso, vem a parte que demanda mais paciência, o “tempo de cura” do sabão, que demora de 20 a 30 dias. Alguns moradores da região auxiliam na empreitada.
– Queríamos implementar um projeto com a temática ambiental envolvendo a comunidade. Plantar a sementinha da conscientização ambiental. Mostrar o quanto nós seres humanos somos importantes neste processo – comenta Jackson.
Cerca de 300 barras são produzidas por mês. O sabão, posteriormente, também é comercializado, gerando uma renda complementar para o coletivo.
Tribo
A ONG nasceu em 2014 e foi uma iniciativa de jovens moradores da Vila Batista Flores e Vila Safira, ambas no bairro Mario Quintana. Na linha de frente, há seis voluntários. No entanto, dependendo da atividade, outros moradores também participam dos trabalhos. A tribo atua semanalmente, principalmente aos sábados durante a pandemia. Jackson comenta as principais dificuldades do voluntariado:
– Quando se trabalha nesse setor sempre se enfrenta muitas dificuldades. Dentre elas, destaco a falta de apoiadores financeiros e voluntários para ajudar o coletivo, além da conscientização e da união da comunidade em busca de melhorias para o bem de todos.
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Grupo ajuda uma dezena de famílias
Segundo Jackson, há cerca de 10 famílias cadastradas na ONG que recebem mensalmente a doção de uma cesta básica. As famílias são selecionadas mediante uma triagem, por meio de um questionário e uma visita ao local, para avaliar quantas pessoas residem na casa, se há desempregados, crianças, idosos, entre outros detalhes.
– A Tribo é uma verdadeira família, me ajudaram quando eu mais precisei, principalmente com alimentos. Eles fazem diferença na vida das pessoas da comunidade, diminuem a dificuldade dos outros e estão sempre dispostos a ajudar – conta Alinne Wilchen, 32 anos, cadastrada na ONG para receber cestas básicas.
Apesar de querer fazer cada vez mais por sua comunidade, o presidente da Tribo do Leão comenta que a sensação de todos os voluntários é de dever cumprido:
– É um sentimento único e indescritível dedicar seu tempo em benefício de pessoas que muitas vezes nem conhecemos, mas que conseguimos amenizar algum tipo de sofrimento e em outras ocasiões, transformamos suas vidas.
Produção: Leonardo Bender