Seu problema é nosso
Para reverter doença que dificulta movimentos do corpo, Arthur precisa de R$ 250 mil para fazer cirurgia no exterior
Família de Porto Alegre lançou campanha na internet para arrecadar valor
Há uma semana, os administradores Rodrigo Larronda e Letícia Salomão, ambos de 35 anos, de Porto Alegre, receberam um e-mail que marca mais uma etapa na luta pela saúde do filho de três anos Arthur Larronda Salomão. O St. Louis Children’s Hospital, nos Estados Unidos, aceitou fazer a cirurgia Rizotomia Dorsal Seletiva no menino, portador de paralisia cerebral quadriplégica espática (PCQE).
Para tratar a doença, que tensiona os nervos motores do corpo e dificulta os movimentos, o casal, pais ainda do gêmeo Rafael, precisam arrecadar R$ 250 mil (que cobrirão cirurgia, transporte, hospedagem e alimentação). Com vaquinhas online, rifas, venda de camisetas e muita divulgação, até ontem a campanha #VaiArthur já tinha conseguido arrecadar mais de R$ 45 mil.
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Após descobrir a possibilidade de cura com a operação no final do ano passado, Letícia e Rodrigo enviaram toda a documentação para avaliação de Arthur no St. Louis. Enquanto esperava a resposta, a família começou a mobilização para obter o valor. Com a resposta positiva, a corrida, agora, é contra o tempo.
– Temos que passar para o hospital o mês em que poderemos ir. Planejamos que seja até o final do ano. Por isso, precisamos de toda ajuda possível – diz a mãe.
Segundo Letícia, eles pretendem levar a fisioterapeuta de Arthur para acompanhar a cirurgia, a fim de que o pós-operatório seja mais eficiente. De volta ao Brasil, a fisioterapia fará parte da recuperação do garoto.
O tratamento
O objetivo da cirurgia é fazer desaparecer o tensionamento que dificulta os movimentos de Arthur, para que ele possa voltar a se mover normalmente. Todo o processo leva cerca de um mês. A volta total dos movimentos pode levar de seis meses a dois anos, nos melhores resultados.
O Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo também realiza a cirurgia. Contudo, faz apenas em crianças com mais de quatro anos. Por este motivo, a família recorreu ao tratamento no Exterior.
Gêmeos
Prematuro de 29 semanas, Arthur teve uma hemorragia cerebral logo após o nascimento, o que causou a paralisia. Seu irmão gêmeo, Rafael, nada sofreu.
Atualmente, Arthur faz acompanhamento diário de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e hidroterapia. Uma vez por semana, o menino também participa de equoterapia (tratamento com cavalos) e musicoterapia. Para ter direito a tudo isso, a família entrou na Justiça pedindo que o plano de saúde cobrisse os gastos.
Definido pela mãe como uma criança alegre e esperta, Arthur tem no gêmeo Rafael seu grande incentivador. Apesar de ainda serem pequenos e não entenderem muito bem tudo o que acontece, a união é importante para que ele viva o mais normalmente possível.
– Nosso sonho é dar ao Arthur uma vida sem complicações. Queremos que ele possa realizar tarefas simples para a maioria das crianças, como sentar e levantar sozinho – diz Letícia.
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Veja como ajudar
- A família tem três contas bancárias em nome de Arthur Salomão Larronda (CPF 045.223.910-99). No Itaú (agência 7449 conta 15118-7/500), no Banco do Brasil (agência 5656-1, conta 510.015.092-7, variação 51) e na Caixa (agência 3447, operação 013, conta 10666-7).
- Além disso, há uma vaquinha online: vakinha.com.br/vaquinha/vaiarthur.
Mais informações: (51) 99999-7805.