Seu problema é nosso
Força-tarefa do Dmae trabalha para consertar vazamentos pelas ruas de Porto Alegre
De 11 vazamentos relatados em duas reportagens do Diário Gaúcho nas últimas duas semanas, apenas dois ainda não foram consertados
Depois de um período de demandas acumuladas e desperdícios de água potável pelas ruas de Porto Alegre sendo denunciados, o cenário parece estar mudando. Nos dias 8 e 9 de novembro, o Diário Gaúcho mostrou a dificuldade do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) em atender aos pedidos de serviços de responsabilidade da autarquia. Essa demora no atendimento gerou desperdício de milhares de litros da água.
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Duas semanas depois, os problemas estão sendo resolvidos. Dos 11 vazamentos relatados nas duas reportagens, apenas dois ainda não foram consertados, no bairro Partenon, Zona Leste de Porto Alegre, e no Rubem Berta, na Zona Norte.
Entre as fugas denunciadas por leitores, o tempo de desperdício se estendia de 15 dias a até quase dois meses, como no caso do bairro Partenon, onde o vazamento já dura cerca de 50 dias.
Denúncias
Segundo a assessoria de imprensa do Dmae, o objetivo é que o acúmulo de demandas — creditadas pelo departamento à greve dos municipários, que durou 40 dias e reduziu o número de equipes nas ruas — seja controlado com a ação de uma força-tarefa que está em ação desde quinta-feira passada, depois do encerramento da paralisação dos servidores.
São 44 equipes de água, 21 de esgoto e 16 de manutenção industrial operando com capacidade máxima de atendimento, conforme o Dmae.
Durante o período de paralisação, o acúmulo de protocolos a serem atendidos pelo serviço chegou a 2 mil, conforme informações do departamento.
Mesmo com essa operação especial de atendimento, o DG continua recebendo denúncias de vazamentos de água em vários pontos, que seguem sendo publicados na seção Pede- se Providências.
Conserto está na programação do Dmae
Dos dois vazamentos que ainda persistem entre os relatados pelo DG, um se destaca. É uma fuga na Rua Sargento Manoel da Silva, próximo ao número 41, que desperdiça água há pelo menos 50 dias.
O segurança Luís Alberto Vieira da Cruz, 57 anos, morador do local, abriu o primeiro protocolo em 28 de setembro e, até ontem, não havia recebido retorno do Dmae. Ele afirma que, após a publicação da primeira reportagem, ligou novamente para o órgão, que lhe informou não ser possível fazer a abertura de um novo protocolo sobre o mesmo problema.
— Eles dizem que não há equipamento, que falta a retroescavadeira. Mas só dizer isso e não falar quando vão resolver não é suficiente. Enquanto isso, é muita água indo fora — criticou Luis.
Segundo o Dmae, foi feito o conserto do vazamento na Rua Sargento Manoel da Silva, próximo ao número 41. Porém, há outro vazamento perto do número 66, que está na programação dos serviços. Entretanto, não há uma previsão exata para a realização do conserto.
Quanto ao problema no bairro Rubem Berta, na Rua Cezário Lopes da Silva, próximo ao número 53, a previsão é de que o conserto seja feito hoje.
*Produção: Alberi Neto e Leticia Gomes