Seu problema é nosso
Mãe faz campanha para realizar o sonho da filha: poder caminhar normalmente
Isadora nasceu com uma má-formação óssea nos dois pés e na mão esquerda e precisa de cirurgias para corrigir a situação
É difícil imaginar como um simples ato diário pode ser o sonho de alguém. Para Isadora Selau Santos da Silva, seis anos, sonho é poder usar um calçado. E não são dificuldades financeiras que impedem a família de presentear a menina com um tênis. O empecilho está na má- formação óssea nos dois pés e na mão esquerda, que Isadora tem desde que nasceu.
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A moradora do bairro Praia da Cal, em Torres, Litoral Norte, adora brincar e, em vídeos publicados nas redes sociais pela mãe, a dona de casa Zeli da Silva Selau, 46 anos, mesmo com a deficiência, a criança aparece correndo pelo pátio de casa, brincando em um balanço e até se apresentando como dançarina rítmica — sempre na ponta dos pés.
Entretanto, seu futuro é incerto. Com o crescimento, os pés não terão condições de sustentar seu peso.
— Ela anda igual uma bailarina, na ponta dos pés, e até isso está ficando difícil. Em alguns dias, ela sente dor e precisamos carregá- la no colo — conta Zeli.
O problema de Isadora é raro. A mãe descobriu que, além da filha, só existem outros três casos no país. Antes de completar um ano de vida, a menina começou a fazer acompanhamento no Hospital São Lucas da PUC, em Porto Alegre. Até o ano passado, era lá que Isadora fazia o tratamento, mas a solução apresentada pelos médicos decepcionou a mãe:
— Como é um caso raro, não teriam como fazer a cirurgia aqui. Me disseram que a solução seria amputar as pernas da Isadora, mas eu não quis acreditar. Fui em busca de outras soluções.
Especialista
Zeli organizou um bingo beneficente e recebeu outras doações, usadas para uma viagem a São Paulo, sob orientação da Promotoria de Justiça de Torres, que acompanha o caso da menina desde que nasceu. Lá, Isadora passou por consulta com um médico que é referência no país em alongamento ósseo. O resultado renovou as esperanças.
A má-formação pode ser corrigida em um tratamento por etapas que envolve quatro cirurgias, realizadas em intervalos de um ano. Entretanto, o preço dos procedimentos assustou a família.
"Milagre"
Somente para a primeira operação, os custos seriam de quase R$ 70 mil. Para isso, também é preciso de um hospital que aceite fazer a cirurgia. No Hospital Israelita Albert Einstein, referência no país e onde trabalha o médico com quem Isadora consultou, o valor cobrado é de R$ 600 mil.
— Eu preciso de um milagre e conto com a ajuda de quem puder para conseguir realizar o sonho da minha filha — diz a mãe.
No momento, a família busca um hospital em São Paulo que cobre menos pelo procedimento.
Saiba como ajudar
— A família de Isadora aceita doações por meio da vaquinha online criada pela família.
— Também é possível fazer doações por meio de depósito bancário. A família tem poupança na Caixa em nome de Isadora Selau Santos da Silva. A agência é 0524, operação 013, conta poupança 00009780- 3.
— Mais informações podem ser obtidas com a mãe de Isadora, Zeli, pelo telefone ( 51) 99685- 2419.
*Produção: Alberi Neto