Estragada desde o dia 2 de janeiro, a escada rolante da Estação Esteio é alvo de reclamações de leitores que utilizam o trensurb. A técnica em enfermagem aposentada Neusa Gonçalves de Melo, 60 anos, que mora no centro da cidade, sofre de fibromialgia (síndrome que provoca fortes dores no corpo), artrite reumatoide (doença inflamatória crônica que atinge as articulações) e osteoporose (condição na qual os ossos ficam mais frágeis). Ela usa o transporte até três vezes por semana, para realizar consultas e tratamento médico em Porto Alegre. Em função de suas condições, enfrenta dificuldades para se locomover na estação. 

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Sem as escadas rolantes, Neusa ainda teria a alternativa de usar o elevador disponibilizado no local. Porém, segundo ela, o equipamento também não tem funcionamento regular. 

— Pelo preço que se paga a passagem, a gente merece um serviço melhor — defende a usuária, se referindo ao valor da tarifa, que foi reajustado de R$ 1,70 para R$ 3,30 em janeiro de 2018, um aumento de 94% em relação ao preço anterior. 

Problemas 

Neusa também critica a postura dos funcionários da Trensurb, quando perguntados sobre o motivo que causaria a parada do equipamento. 

— Eles dizem que tem que aguardar a manutenção, e só — pontua ela. 

O estudante Rodrigo Jankoski, 33 anos, que utiliza a estação no deslocamento até a Unisinos, em São Leopoldo, passa por situação parecida. A falta de manutenção, segundo ele, afeta outras áreas da Estação Esteio. 

— Está beirando o absurdo. A comunidade usuária deste serviço tem pago muito caro pelos deslocamentos e, ao invés de termos melhorias nos espaços, o que vemos são dependências piores a cada dia. Escadas rolantes e bebedouros não funcionam, a frota é velha na linha e ainda existe a possibilidade de o passe chegar aos R$ 4,20 — diz ele, referindo–se ao reajuste de cerca de 30% solicitado pela Trensurb em dezembro. O novo aumento, porém, ainda depende de aprovação do governo federal. 

Previsão de conserto em 20 dias 

Procurada pela reportagem, a Trensurb informou que a escada rolante está inativa devido ao rompimento de um corrimão. Como o componente é fabricado sob medida, não há disponibilidade em estoque. 

— Estamos aguardando que sua fabricação seja concluída. A previsão da empresa contratada responsável pela manutenção da escada é de que, em até 20 dias, o corrimão seja entregue e instalado, possibilitando a liberação da escada — informa a Trensurb, por meio de sua assessoria de imprensa. 

No comunicado, a empresa também se manifestou sobre o elevador. Segundo ela, o equipamento teve falha há uma semana, que já foi corrigida. 

Produção: Ásafe Bueno

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