O que era para ser um serviço pequeno, uma nova ligação de água, acabou se tornando um grande transtorno para moradores do Acesso Nove, também conhecido como Rua das Camélias, que fica no Jardim Protásio Alves, bairro Mario Quintana, em Porto Alegre. 

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A babá Ana Paula Lima dos Santos, 24 anos, moradora da casa 30, conta que solicitou uma nova ligação de água no seu endereço, pois, por quase seis meses, dependeu da água advinda da casa de sua sogra, que também é sua vizinha. Contudo, quando o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) foi até o local realizar o serviço, há cerca de 20 dias, abriu uma cratera e não voltou para fechar. 

Garagens 

— A equipe veio instalar a água pra mim, mas acredito que quebraram um cano do esgoto pluvial e, por isso, tiveram que abrir esse buracão — supõe e lamenta a moradora, que já procurou a prefeitura e o Dmae, diretamente. 

Segundo ela, em contato com funcionários do departamento, o pedido para conserto da rua consta, no sistema, como urgente. 

— Meu marido tem deixado o carro na rua porque é um transtorno colocar para dentro da garagem. Está horrível para todo mundo, sem contar que, nesses dias de chuva, encheu de água, que está ficando podre de suja e causando o desmoronamento de parte do calçamento — relata a babá. 

O comerciário Thiago Benin de Souza, 34 anos, é proprietário da residência que fica em frente à de Ana Paula. Ele conta que não mora no local, mas deixa um carro e uma moto na garagem. 

— É uma rua normal, que tem circulação de veículos e moradores. O meu terreno é na frente do buraco, então, não consigo tirar o carro da garagem. É muito complicado. A sorte é que eu tenho outro veículo para trabalhar. Além de mim, há outros vizinhos sendo prejudicados, pois só deixaram um espaço mínimo para uma pessoa passar — afirma o comerciário. 

Cachorros 

Tanto Thiago quanto Ana Paula relembram que, há poucos dias, três cachorros caíram na cratera e tiveram que ser socorridos pela comunidade. 

— Até cães já se acidentaram no buraco, fizeram um vídeo do salvamento. É um risco para todos, e a demora para o conserto não é por causa da chuva, porque já houve dias de sol, e o Dmae não apareceu — conta Thiago, que chegou a protocolar reclamação por meio do canal Fala Porto Alegre, pelo telefone 156 (protocolo número 3086261985). 

Ana Paula afirma que teme pela sua filha, de cinco anos: 

— Quando ela quer ver a avó, sai correndo. Eu morro de medo que caia ali. Não temos mais tranquilidade. 

Prefeitura pretende vistoriar o local 

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), órgão ao qual o Dmae é vinculado, uma vistoria deverá ser feita por equipes técnicas do departamento. Entretanto, a assessoria não informou prazos para a realização dessa vistoria ou para a solução do problema. Somente após a visita dos técnicos, segundo a SMSUrb, será possível definir o planejamento para sanar o problema. 

Produção: Caroline Tidra 

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