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Seu Problema é Nosso

Capital: ponte interditada oferece riscos no bairro Lomba do Pinheiro

Estrutura está desgastada, com rachaduras e corrimãos soltos, causando medo aos pedestres que usavam diariamente o atalho. 

05/03/2020 - 08h00min

Atualizada em: 05/03/2020 - 10h30min


André Ávila / Agencia RBS
Desnível e buracos

A ponte de concreto que liga as ruas Campinas do Sul e Arvoredo, no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, tem sido motivo de preocupação para os moradores das redondezas. A estrutura da travessia está desgastada, com rachaduras e corrimãos soltos, causando medo aos pedestres que usavam diariamente o atalho. 

–  Em janeiro, a ponte estava de um jeito, agora, está bem pior. Está se deteriorando com o tempo. Contudo, ela é muito importante para a passagem de trabalhadores e crianças que vão para a escola – relata o motoboy Ivan Roberto Dias, 45 anos, morador da região. 

Segundo Ivan, duas reclamações foram protocoladas pelo telefone 156 (Fala Porto Alegre) sobre as condições da ponte. Após a abertura do chamado, uma equipe da prefeitura esteve no local e interditou-a com tapumes, ainda em janeiro. 

–  Não adiantou só trancar a passagem. As pessoas retiraram o bloqueio e continuam usando o trajeto, colocando-se em risco. A ponte está inclinando desde que teve as chuvas fortes no início do ano – afirma o motoboy, garantindo que a contenção não durou três dias. 

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Distância

A ponte é acesso para escolas, creches, comércios e paradas de ônibus. Morador da Rua Arvoredo, o motoboy Felipe Garcia Praia, 34 anos, conta que a travessia é utilizada por usuários das linhas 398/Lomba do Pinheiro e 397/Bonsucesso. 

– Tanto para um lado quanto para o outro há paradas. Mas, normalmente, o fluxo de pessoas é em direção à Estrada João de Oliveira Remião, para pegar o (ônibus) Lomba do Pinheiro –  destaca Felipe.

André Ávila / Agencia RBS
Ivan mostra corrimão solto

O trajeto de quem não pode passar pela ponte aumenta em até 30 minutos de caminhada. Em dias de chuva, fazer a volta por ruas alternativas é a única opção para os filhos da dona de casa Ives Nunes Brum, moradora da Arvoredo: 

– Não deixo eles passarem pela ponte, pois não há segurança, o corrimão está solto. Além disso, é muita água que passa por baixo, tenho medo. Aí eles fazem toda a volta, pela Parada 16 (Estrada João de Oliveira Remião). Nem passo aqui em dias de chuva. 

Os horários mais movimentados na travessia são os de entrada e saída das escolas: 

– As crianças que saem da aula passam correndo pela ponte, brincando, é perigoso. O ideal seria ter uma ponte com estrutura cercada, como passarelas de estradas. 

"Está sujo"

Há mais de 40 anos morando na Rua Arvoredo, a empregada doméstica aposentada Irani Escobar Nogueira, 71 anos, conta que a água do córrego era diferente de como está hoje:

– Quando eu vim morar aqui, era tudo limpo. Minhas crianças brincavam na água, pegavam peixinhos. Mas começou a ficar sujo. Depois de alguns anos, foi feita uma ponte de madeira e, após mais um tempo, foi construída a de concreto. 

Hoje, a sanga recebe a água que vem de dutos de esgoto pluvial das ruas laterais. Além disso, o local é ponto de descarte irregular de lixo.   

André Ávila / Agencia RBS
Há rachaduras na estrutura

Visita técnica

 De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, uma vistoria técnica preliminar foi realizada no local ontem. Na visita, os técnicos identificaram que a estrutura da passarela está íntegra, mas há existência de dano no apoio de um dos lados da ponte. 

Segundo a pasta, “para encaminhar uma solução”, uma vistoria completa será realizada dentro de alguns dias, com acompanhamento de técnicos do Dmae. O objetivo é identificar possíveis problemas nas redes de drenagem. 

Questionada sobre o motivo de os reparos não terem sido feitos, apesar da solicitação via Fala Porto Alegre, e quanto à previsão para o conserto definitivo, a pasta não se manifestou. 

Produção: Caroline Tidra

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