Simpático, gordinho, com um leve sotaque italiano e uma bela barba branca e natural. Antonio Guaragna, 72 anos, morador do bairro Vila Jardim, na Capital, tem todos os requisitos para ser um Papai Noel. Mas foi com uma ajuda do Diário Gaúcho que Antonio, mais conhecido como Nino, descobriu a vocação para Bom Velhinho. 

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Durante quase 40 anos, Nino atuou como garçom, sendo três décadas em um restaurante do bairro Bela Vista e mais alguns anos em bares na Padre Chagas. Com o fechamento do último estabelecimento no qual trabalhou, acabou ficando desempregado. 

– Aproveitei para deixar a barba crescer, afinal, há mais de 40 anos que fazia a barba todo dia – relata o italiano, que chegou ao Brasil em 1963. 

Barba

Em 2010, viu no Diário Gaúcho uma reportagem sobre uma agência que recrutava Papais Noéis para trabalho no comércio. 

– Mandei currículo e fui chamado para uma entrevista. Perguntaram sobre a minha experiência, e eu falei: “Trabalhei a vida toda em restaurantes, mas meu ponto forte é a minha barba” – relata, bem-humorado. 

Assim, teve início uma bem-sucedida carreira de Papai Noel em shoppings e lojas da Capital e de Canoas. Um trabalho que enche Nino, que adora crianças, de alegria: 

– No Natal passado, tive uma experiência marcante ao participar da festa de Natal de uma creche comunitária que fica aqui perto de casa. Foi maravilhoso passar a tarde com a criançada. Sempre serei grato ao Diário por me fazer descobrir uma nova profissão, que me enche de alegria. 

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