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Ponte foi consertada, mas vegetação segue alta em Viamão

Moradores solicitavam reparos da travessia desde dezembro de 2021

21/02/2022 - 09h00min


Reprodução / Prefeitura de Viamão
Elevação e reconstrução

No dia 8 de fevereiro, uma reportagem do Diário Gaúcho contou sobre dois transtornos enfrentados por moradores da Vila Augusta Meneguine, em Viamão: a vegetação alta em terrenos que serão utilizados para revitalização do Arroio Feijó e a interdição de uma ponte que faz a ligação entre a Rua Luanda e a Avenida Troia. Por enquanto, de acordo com os moradores, a limpeza dos terrenos ainda não ocorreu. Já a ponte, após solicitações feitas durante dois meses, foi consertada. A passagem possibilita o acesso a serviços como posto de saúde, farmácia e escola. A queda da estrutura aconteceu em dezembro de 2021, após uma forte chuva. 

Segundo a cobradora de ônibus Clair Flores de Souza, 50 anos, que faz parte do grupo de moradores que contatou a prefeitura, além do registro de protocolos, os vizinhos também organizaram um abaixo-assinado que contou com cerca de 150 participantes.

– Agora, as pessoas da comunidade já voltaram a utilizar a ponte. O fluxo está funcionando normalmente.

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Reprodução / Arquivo Pessoal
Estrutura estava comprometida

Estrutura 

Clair explica que, apesar de poder utilizar a ponte novamente, ainda não se sente aliviada. Ela questiona o fato de as pedras utilizadas na reconstrução parecerem soltas. Seu receio é que, nas próximas chuvas, a passagem volte a ser afetada.

– Não somos especialistas. Temos dúvidas se realmente vai ficar seguro quando vier a chuva, porque as pedras não parecem estar unidas. 

Por outro lado, uma das melhorias realizadas após o reparo, de acordo com a moradora, foi a construção de rampas de acesso à ponte, feitas de cimento:

– Minha mãe é cadeirante, então, as rampas tornaram a ponte mais acessível.

Já no que se refere à limpeza dos terrenos, a moradora assegura que, no momento, os vizinhos não podem realizar novas solicitações. Enquanto houver um protocolo aberto, outro não pode ser feito. Clair conta que a comunidade segue bastante receosa quanto à insegurança causada pela vegetação alta: 

– Continuamos tensos em relação a isso porque é uma extensão bem grande. Eu chego tarde em casa e me sinto ameaçada, porque o matagal está tomando conta.

Alguns moradores já foram vítimas de assaltos que ocorreram próximo ao local.

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Reprodução / Prefeitura de Viamão
Rampa feita após reparos

As etapas do reparo

Para sanar as dúvidas da moradora, a prefeitura de Viamão explica como foi feito  o conserto da ponte. 

Em um primeiro momento, o poder público realizou a retificação do riacho, “de maneira que a vazão pudesse ficar maior e mais rápida, pois, anteriormente, existia um laço de água que tirava a velocidade e, com isso, produzia turbilhão, causando o alagamento de toda essa região”.  

A segunda etapa do trabalho consistiu na projeção da ponte para que ficasse três metros mais alta. “Na altura que estava, ela ficava no mesmo nível da Rua Luanda. Agora, está no nível da Avenida Troia. Além disso, foram construídas duas bases em molhe (maciço), com enrocamento de pedras (conjunto de pedras de grandes dimensões), com o objetivo de dar sustentação à passarela e proteção contra a erosão e o carreamento causado pela água. Essa estrutura de blocos de pedras foi construída em uma profundidade três vezes maior do que a do próprio riacho. Ou seja, para uma sustentação eficiente e segura para a população”, explica a assessoria em nota.

Em relação à limpeza dos terrenos, a prefeitura de Viamão informou que os locais serão limpos “nos próximos dias”. No entanto, não comunicou uma data exata.

Produção: Kênia Fialho



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