Nova vida em 2022
Trabalho como meta para leitores: trio acompanhado pelo DG compartilha como foi o sétimo mês do ano em suas vidas
O jornal acompanha, desde janeiro, Aline, Delene e Gerson na busca de seus objetivos para este ano
Os três leitores acompanhados pelo DG desde o início de 2022 possuem muito a compartilhar ao fim deste sétimo mês do ano. Gerson, de Cachoeirinha, Delene, da Capital, e Aline, de Viamão, enfrentam novos obstáculos e se adaptam como podem.
Apesar de Gerson e Aline já terem chegado às suas principais metas, seguem, assim como Delene, sonhando, batalhando e até inovando para alcançar outros objetivos. Os percalços e as vitórias surgem a cada mês.
Gerson, que finalizou mais um semestre na escola, passando para a 6ª série, não está mais trabalhando como auxiliar de serviços gerais e luta por um emprego de carteira assinada. Este novo objetivo, coincidência ou não, era o principal sonho de Aline, e que ela realizou há quase quatro meses. Portanto, hoje, aconselha Gerson e os demais leitores que estejam passando por situações parecidas. Ainda nos preparativos para o Encceja, se adequa à rotina de trabalho, estudos e de dona de casa.
Enquanto isso, Delene vê, aos poucos, aumentar o dinheiro no financiamento coletivo online para comprar sua casa própria. Além de vender cosméticos e roupas íntimas pensando em novas fontes de renda, a moradora de Porto Alegre está oferecendo aulas de reforço escolar para alunos das séries iniciais.
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Construindo um novo ciclo
Neste mês, Gerson Fabiano Pacheco, 43 anos, ficou desempregado. Ele relata que pediu demissão após não se adaptar com uma troca na empresa gestora pelos auxiliares de serviços gerais na Prefeitura de Cachoeirinha, onde trabalhava.
No início desta semana, no entanto, Gerson conseguiu um trabalho como pedreiro em uma obra perto de sua casa. Porém, garante que é algo temporário e que seu objetivo principal é conquistar um emprego de carteira assinada, preferencialmente ainda como auxiliar de serviços gerais, área na qual tem experiência.
– Um dia ainda quero chegar na área de vendas. Gosto de conversar com pessoas e ter esse contato que um vendedor tem – conta.
Gerson já começou a distribuir seu currículo, mas entende que possui dificuldades em encontrar um novo trabalho justamente por não ter finalizado os estudos. Aliás, em julho, por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA), ele concluiu a 5ª série. Agora, de férias, aguarda ansiosamente pela próxima etapa, que começa no fim de agosto:
– Finalizar um semestre, sendo aprovado de ano, foi a grande felicidade das últimas semanas. Tirei nota máxima em tudo, penso até que foi bondade das professoras (risos). É um sonho sendo realizado e não vou desistir dele, por mais que esteja aumentando a dificuldade.
Dicas para conquistar vaga
Pensando na atual situação de Gerson e considerando que outras pessoas enfrentam desafios parecidos – em encontrar emprego e manter-se nele –, o DG traz dicas e sugestões de Eduardo Flores do Amaral, coordenador do departamento de Relações com o Mercado de Trabalho da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS).
Ele diz que o ideal é que os candidatos terminem os estudos para terem melhores condições na disputa por uma vaga – como Gerson está fazendo. E classifica a importância do currículo:
– Não sendo possível a formação, a melhor estratégia é ter um currículo específico para a vaga a que deseja concorrer. Ao colocar informações sobre a vaga específica, o empregador passa a prestar mais atenção.
Antes mesmo de se inscrever para concorrer a uma vaga, segundo Eduardo, buscar conhecer a empresa para a qual está se candidatando pode ser um bom diferencial.
Outra boa atitude é buscar cursos livres para se qualificar à vaga pretendida. Organizações da sociedade civil, fundações e órgãos públicos oferecem cursos gratuitos de maneira remota.
– Na entrevista de emprego, chegar com antecedência mostra preparação e motivação. Antes, que tal pesquisar na internet sobre a empresa? Se tem um site institucional, é uma ótima fonte de informações – aponta.
Após a contratação, pensando na adaptação, o coordenador sugere:
– Converse com colegas mais experientes, pergunte se tiveram a mesma dificuldade e o que fizeram para superá-la.
Eduardo destaca:
– Se conhecer é fundamental. Ao procurar uma vaga, a pessoa deve perceber se se vê trabalhando nela e se imagina que será feliz ali.
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Aline aconselha
Desde abril, quando conquistou a vaga como auxiliar de serviços gerais, Aline dos Santos Veiga, 32 anos, segue adequando constantemente a sua rotina, tentando dedicar um tempo de qualidade para a família, os estudos e o trabalho.
Ela, assim como Gerson, passou recentemente pelo processo de adaptação à nova empresa. Por isso, aconselha:
– Seja aprendendo ou exercendo uma função que já fazia antes, converse com colegas mais experientes para ajudar na adaptação.
Embora não consiga se dedicar como gostaria aos estudos, Aline comenta que se sente um pouco mais preparada para realizar o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), no dia 31 de agosto. A prova é direcionada a jovens e adultos que não conseguiram concluir seus estudos na idade recomendada.
Em busca de fontes de renda
Delene Cesconetto, 43 anos, moradora do bairro Santa Tereza, em Porto Alegre, segue na luta para conquistar o tão sonhado imóvel. Seu financiamento coletivo para a realização deste objetivo está com cerca de 63% da meta, que é de R$ 40 mil. Este mês, a vaquinha online arrecadou R$ 775.
Buscando formas de se aproximar da realização de seu sonho e também para se manter financeiramente, visto que não pode trabalhar por conta de problemas físicos e, inclusive, luta na busca por auxílio do INSS, Delene começou a revender cosméticos e roupas íntimas femininas. Além disso, por ser formada em Letras, passou a oferecer aulas de reforço de Português para alunos de séries iniciais.
Devido aos problemas de deslocamento, Delene atende apenas de forma remota ou em casa. De acordo com ela, sua formação permite que atenda alunos até do Ensino Médio. Porém, por estar um bom tempo longe das salas de aulas, prefere ajudar aqueles que estão mais no início, até a 4ª série do Ensino Fundamental.
A moradora da Capital destaca as dificuldades diárias e agradece o esforço dos amigos e parentes, que ajudam com doações de dinheiro, remédios, alimentos e roupas.
Caso queira ajudar ou tenha interesse em saber mais detalhes sobre os produtos vendidos e pelas aulas de Delene, entre em contato com ela pelo telefone (51) 98601-0354.
Para fazer uma doação diretamente para o financiamento coletivo de Delene, acesse: bit.ly/ajudedelene. Você também pode fazer uma transferência bancária via pix, cujo a chave é o número de telefone informado acima.
Produção: Leonardo Bender