Seu Problema É Nosso
Na Capital, escola ainda espera por reforma
Aulas não foram completamente normalizadas, e merenda dos alunos ainda é prejudicada devido à interdição do refeitório da instituição
Há pouco mais de um mês, o Diário Gaúcho mostrou a história da Escola Estadual de Ensino Fundamental Evarista Flores da Cunha, no bairro Belém Novo, zona sul da Capital. Com um dos blocos da construção interditado, a instituição estava oferecendo apenas duas horas de aula por dia aos estudantes. A situação, além dos prejuízos ao aprendizado, incomodava pais que não podiam contar com um horário regular para deixar os filhos na escola.
Nada normal
Para eles, o problema está em tese resolvido: a direção da escola conseguiu transformar duas salas de aula em quatro, readaptando os espaços. A mudança permitiu que, atualmente, sejam ofertadas três horas e meia de atividades de ensino.
– São 30 minutos a menos que o normal. Não estamos oferecendo recreio porque nosso refeitório ainda está interditado – frisa a diretora da Evarista, Lisiane Kolas.
Para ela e a equipe de profissionais da escola, porém, a situação está longe de qualquer normalidade. É que a instituição ainda aguarda pela reforma da cobertura e da rede elétrica, cujo pedido tramita na Secretaria Estadual da Educação (Seduc) desde junho de 2021.
– Desde então, eu soube que a empresa responsável pela reforma foi escolhida. E mais nada – conta.
A obra, Lisiane explica, é fundamental para que as turmas de alunos possam ser redistribuídas em sua normalidade e, sobretudo, para que se tenha acesso ao refeitório. Hoje, as refeições são preparadas na escola e entregues aos alunos diretamente nas salas, o que sobrecarrega os funcionários da instituição.
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– Além disso, o que é mais prejudicial para as crianças é que temos que oferecer uma refeição alternativa. Em vez de arroz, feijão e outros alimentos, distribuímos frutas e lanches – diz Lisiane.
Contrato está em análise
De acordo com a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), a empresa que irá executar a obra foi, de fato, escolhida, e o processo está em fase de análise de contrato. Segundo a pasta, a reforma da cobertura e da rede elétrica está orçada em R$ 268 mil e ainda depende da assinatura da ordem de início para que seja executada.
Questionada pelo DG, a assessoria da Seduc informou que a assinatura da ordem de início deve ser feita em aproximadamente 15 dias. A secretaria salienta que, apesar disso, “os alunos seguem tendo aulas nos demais blocos da escola”.
Entenda o processo de reformas nas escolas do Estado
/// Quando precisam de obras, as escolas acionam a Coordenadoria Regional de Educação (CRE) para que seja aberto um pedido no Sistema de Gestão de Obras (SGO).
/// O segundo passo é a vistoria no local, realizada pela Coordenadoria Regional de Obras (Crop).
/// Se a vistoria concluir que trata-se de uma situação emergencial, a Crop desenvolve o projeto e o encaminha para a Seduc e para a Secretaria Estadual de Obras (SOP), responsável pelo início do serviço e por fiscalizar a empresa vencedora da licitação.
/// Caso não seja considerada emergencial, ela segue para a Seduc para ser planejada e, depois, vai para a SOP, para elaboração do projeto. Na sequência, vai para a Central de Licitações (Celic) e volta para a Seduc e para a SOP, que providencia o início de serviço e o fiscaliza.
Produção: Guilherme Jacques