Há quase três anos, Daniel Fortes, que completaria 13 anos no próximo mês, lutava contra um câncer. Recebeu o diagnóstico quando tinha apenas 10. O nome da doença que o acometia é chamada de osteossarcoma nível três – um tumor agressivo nas células dos ossos na fase mais agressiva. Mas, no dia 20 de outubro, o pequeno “guerreiro”, como diz a mãe, nos deixou. 

O Diário Gaúcho acompanhou as batalhas do jovem e de sua família. Devido à doença, ele foi submetido a amputação da perna esquerda na altura do quadril. Precisaram, então, de uma prótese que custava R$ 40 mil. Através de campanhas e contribuições de leitores, conseguiram comprar a perna mecânica. 

Na mesma reportagem, além do pedido de ajuda para a compra da prótese, também havia um outro desejo singelo de Natal – um pouco mais comum de ser feito por uma criança: ele queria um boneco do Capitão América e um do Homem de Ferro para poder brincar. Alguns dias depois, o pequeno foi surpreendido com o tão sonhado presente. A doação partiu de enfermeiros que se identificaram com a história de Daniel e o acompanhavam durante o tratamento no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 

Último desejo 

Em abril deste ano, Daniele Fortes Pinto, 38 anos, recebeu uma notícia difícil para qualquer um, principalmente para uma mãe: o jovem havia entrado em fase paliativa, e o tempo que teria de vida seria de seis meses. A mãe, então, se esforçou para realizar os sonhos do filho. O primeiro deles foi uma visita a Gramado. A família passou um final de semana na cidade e lá visitaram o Parque Vila da Mônica, onde Daniel foi presentado com o coelhinho de pelúcia Sansão (que está segurando na foto acima).

– Ele não desgrudou do Sansão durante esses seis meses. Fazia tudo com o coelhinho, que o acompanhou durante esse período de tratamento – comenta. 

Entre muitas sessões de quimioterapia, idas e vindas do hospital, remissões e retornos da doença, o jovem estudioso, fã de super-heróis e apaixonado por desenhos, não resistiu. 

A família agora tem um último desejo, que é jogar as cinzas de Daniel no mar: 

– Quero jogá-las em Tramandaí, já que ele amava ir à praia – diz a mãe. 

Daniele sonha em homenageá-lo “como em um filme”. Quer que as cinzas sejam jogadas entre pétalas de rosas no mar de Tramandaí com a ajuda de um helicóptero. A praia escolhida era a preferida de Daniel e a última que visitou. 

– Falar no Daniel é falar em luz e alegria. Ele foi uma criança muito iluminada, sempre foi querido por todos – relembra Daniele. 

Para ajudar a realizar o desejo da mãe, é possível entrar em contato com ela pelo telefone (51) 98451-8901. 

Produção: Nikelly de Souza