Notícias



Papo Reto 

Manoel Soares: "Chorar no banho"

Colunista escreve para o Diário Gaúcho aos sábados 

17/08/2024 - 07h00min

Atualizada em: 17/08/2024 - 07h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Kelly Fuzaro / Globo,Divulgação
Colunista reflete sobre a maturidade ao encarar os finais.

Não saber terminar um relacionamento é um dos maiores motivos de dores da humanidade. Isso está em todos os aspectos da vida de uma pessoa – trabalho, família, namoros, casamentos e por aí vai. Assim como existem ciclos de nascimentos para momentos felizes, existem ciclos de encerramentos. Existem sinais que precisamos ficar atentos e, aos poucos, vamos nos encaminhando para a porta da saída. Encontrar um caminho onde a dor de uma separação não seja motivo de violência psicológica, verbal ou até mesmo física é uma demonstração de respeito aos momentos felizes que essa relação trouxe. 

Se o fim está doendo é porque o início e meio foram bons. Ninguém fica triste por deixar algo que só fez mal. Não estou falando que temos que regar as despedidas de graça e poesia como se estivéssemos em uma novela, pelo contrário, saber dar nome aos sentimentos nessa hora é também uma forma de cura para as dores que existem e que, às vezes, são inevitáveis. 

Porém, manter o limite do respeito garante que fechemos as feridas mais rápido. Apesar de parecer que só falo de amor aqui, falo também de emprego, de relações de amizades que acabam, relações familiares, sociedades empresariais e todo tipo de convivência. Dignidade e elegância na despedida é sinal de maturidade. A diferença entre adultos e crianças nessa hora é que adulto chora no banho.

Leia mais colunas de Manoel Soares


MAIS SOBRE

Últimas Notícias