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Boletim de Ocorrência

Renato Dornelles: o tráfico não perdoa

23/06/2015 - 23h03min

Atualizada em: 23/06/2015 - 23h03min


As investigações da chacina que vitimou seis pessoas em Cidreira, em abril, demonstraram que o crime teve vários ingredientes típicos da engrenagem que move o tráfico de drogas.

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O primeiro deles é o envolvimento dos chamados Bala na Cara. Criada em Porto Alegre, ampliada e fortificada nas principais prisões, a facção criminosa se expande não só apenas pela Região Metropolitana, como para o Litoral, como demonstrou o inquérito.

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Outra ratificação é a de que o tráfico não perdoa. Ficar devendo é assinar a própria sentença de morte. Não apenas do inadimplente, mas de toda e qualquer pessoa que esteja junto no momento da cobrança da dívida.

Poderia usar aqui essas constatações para recomendar aos jovens: não se envolvam com o tráfico. Infelizmente, porém, não é tão simples assim. Lembro, mais uma vez, o trabalho do antropólogo inglês Luke Dowdney que, em 2003, lançou o livro Crianças no Tráfico, fruto de uma pesquisa sobre a participação de jovens no comércio de drogas no Rio. Ele pesquisou 6 mil jovens.

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Muitos admitiram a possibilidade de dinheiro fácil e ascensão no esquema do tráfico como atrativo. A maioria disse que sabia que seria morta antes dos 18 anos. Mesmo admitindo esse risco, os jovens disseram que essa havia sido a única alternativa.


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