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São Lourenço do Sul

Escola de São Lourenço do Sul finaliza construção de laboratório de ciências após campanha de arrecadação

Depois que o Diário Gaúcho divulgou a mobilização da comunidade, aumentaram as doações para o projeto do laboratório

03/05/2021 - 18h04min

Atualizada em: 03/05/2021 - 18h05min


Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
O laboratório foi construído com o apoio de toda comunidade escolar.

Possibilitar que o aprendizado dos alunos fosse além das tradicionais salas de aula e criar um espaço onde pudessem explorar seu próprio processo educativo. Este ideal norteou a comunidade que integra a Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Frömming, de São Lourenço do Sul, na busca por construir seu tão sonhado laboratório de Ciências. Após uma longa campanha, que foi desde a arrecadação e venda de tampinhas plásticas até a procura por patrocinadores, a construção finalmente foi concluída. 

Em julho de 2019, o DG narrou os esforços dos professores, pais, alunos e voluntários da escola. A técnica em telecomunicações Sabrina Silva, 40 anos, conta que o impulso para iniciarem o projeto surgiu em uma conversa informal entre os professores, durante as férias escolares. 

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Formada em História, Sabrina não exerceu o ofício formal de ensinar. Apesar disso, não quis se afastar totalmente do ambiente educacional e, por isso, se tornou voluntária da escola. Ela foi a responsável por entrar em contato com empresas para buscar parceiros para o projeto. 

– Empresas doaram cimento, materiais de construção, tinta. Foram várias frentes para arrecadar os valores e fazer a compra dos materiais. Toda comunidade escolar colaborou. 

Cooperação 

Sabrina explica que, após a publicação da matéria no Diário, aumentaram as doações recebidas. Quando enviava pedidos de ajuda às empresas, também incluía na mensagem o link da reportagem. Isso deu maior credibilidade à ação e colaborou para que conseguissem apoio até mesmo em outros municípios do Estado. 

Fundamental para a construção do laboratório foi, também, a participação dos moradores de São Lourenço do Sul. Cátia Cilene Ribeiro, 51 anos, é a atual diretora da escola. Ela comenta que a mobilização dos alunos e de seus familiares foi constante, e ganhou ainda mais força quando saiu a matéria no DG. A comunidade participou da organização de rifas, festas e cafés coloniais, promovidos para arrecadar fundos para o laboratório.  

– No momento que lançamos o projeto, os pais abraçaram. Quando a escola tem um objetivo, os pais abraçam e seguem juntos até o fim – completa Cátia.


“A educação é libertadora” 

O novo espaço da escola fica em cima do refeitório. Nele, tudo é novo. Está equipado com toda vidraçaria necessária para a realização dos experimentos, além de um microscópio com câmera para reproduzir a imagem em computador, estufa de esterilização e secagem e projetor multimídia. 

A obra foi concluída na metade de 2020. O passo seguinte foi a organização do mobiliário. Devido à pandemia, o laboratório ainda aguarda o momento de ser utilizado, e as expectativas nele são altas. 

Cátia, que é das áreas de Biologia e Matemática, celebra a possibilidade de os alunos terem autonomia e participação ativa em seu processo educativo:

– Queremos alunos pesquisadores. A educação é libertadora, e nós queremos que eles sejam o centro do aprendizado e do conhecimento. 

Produção: Émerson Santos




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