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Seu Problema é Nosso

Cirurgia é esperança para menino com síndrome rara, em Montenegro

A família do pequeno está fazendo vaquinha online, rifas e eventos para arrecadar o valor necessário para o procedimento cirúrgico

26/11/2018 - 10h05min

Atualizada em: 26/11/2018 - 11h30min


LeitorDG / Arquivo Pessoal
Desde que nasceu, João Pedro, de seis anos, não consegue erguer os braços

A rotina de João Pedro Greff dos Santos, de apenas seis anos, não é nada fácil. Desde que nasceu, ele não tem o movimento dos braços devido a uma síndrome rara e grave, chamada artrogripose múltipla congênita (AMC) — doença caracterizada por deformidades e rigidez nas articulações. Assim, não consegue movimentar os membros superiores. 

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Com o objetivo de melhorar os sintomas do problema de saúde, João pode passar por uma cirurgia que custa R$ 50 mil para cada braço — ele fará primeiramente em um só membro. Como não tem os valores, a família do pequeno está fazendo vaquinha online, rifas e eventos, como galeto e pedágio solidário, com esperança de melhorar a vida do filho. 

— É muito difícil. Ele questiona o porquê de ter nascido assim — conta a mãe do menino e dona de casa, Fernanda Greff Machado, 25 anos. 

Dificuldades 

Sem conseguir levantar os braços para cima ou dobrar os cotovelos, João depende da mãe para se alimentar, tomar banho e ir no banheiro. Na escola, o menino se percebe diferente dos demais colegas, o que dói na mãe e no filho: 

— Ele fica triste. Querendo ou não, ele é diferente.  A cada dia que passa, fica mais difícil de explicar. Ao mesmo tempo que ele não saberá o que é uma síndrome, também não aceita a doença. 

Além de João, Fernanda tem outros dois filhos, Murilo e Bernardo, que são gêmeos, de três anos. A mãe dos meninos conta que João se cobra por não ser igual aos irmãos e não ter os mesmos movimentos. Ela salienta que, como precisa alimentar João na boca, faz o mesmo com os gêmeos, para não causar tanto impacto para o mais velho. 

Independência

— A gente diz que Deus mandou ele assim e faz o possível para ele não sentir a diferença que o problema de saúde causa — conta a mãe. 

Com a cirurgia, que insere um extensor com dobradiças no cotovelo, João conseguirá mover e dobrar o braço. Para a mãe, o procedimento é uma chance de o menino ter um futuro menos difícil. Apesar disso, sente medo, pois a cirurgia pode não ser 100% eficaz para o problema que afeta o filho. 

— Com o braço que dobrará, ele poderá se alimentar sozinho e fazer a barba, quando crescer. Com o braço que fica para baixo, caso não façamos a cirurgia do outro lado, ele poderá fazer a própria higiene. 

Como ajudar

/// No dia 16 de dezembro, ocorrerá um galeto solidário, por R$ 15, em Montenegro. Ingressos e mais informações podem ser obtidos com a mãe do João, Fernanda, pelo número (51) 99619-9832.

/// É possível contribuir pela vaquinha online.

/// Depósitos bancários podem ser feitos pelo Banrisul, agência 0283, conta corrente 35.113007.0-8. 

/// Ou pela Caixa, agência 0530, operação 013, conta 110915-8.

Produção: Eduarda Endler

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