#DG20ANOS
Nair recebeu ajuda do DG para organizar suas contas
Série de reportagens foi fundamental para a vendedora sair do vermelho
Uma bacia de plástico cheia de contas a pagar simbolizava a situação financeira da vendedora de livros Nair Alves Barbosa, 60 anos, em 2014. Naquele ano, a moradora do bairro Lomba do Pinheiro, na Capital, acumulava dívidas e estava com o nome negativado. Foi quando ela recebeu o convite para participar de uma série de reportagens do Diário Gaúcho. A ideia era acompanhá-la em uma jornada rumo ao equilíbrio financeiro. Nair não estava sozinha: para orientá-la na missão, foi designado o economista Everton Lopes, especialista em finanças pessoais.
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— Quando a Aline (Custódio, repórter responsável pela série) e o Everton chegaram, eles se apavoraram. Eu tinha uma bacia cheia de contas. Eu misturava as contas da empresa com as pessoais, comprava coisas para casa com o cartão empresarial. Tinha me perdido completamente — lembra Nair.
Com o economista, Nair aprendeu diversas lições, que levou para a vida e segue até hoje.
— Aprendi com o Everton a não comprar por impulso. A me perguntar, antes de qualquer compra: "Eu realmente estou precisando?" e "Vai me fazer falta?". Antes, eu ia ao Centro e comprava um sapato sem nem pensar. Hoje, compro o essencial, o necessário — avalia.
Planejamento
Com disciplina e organização, Nair aprendeu a fazer um planejamento dos gastos mensais. Recebeu dicas para negociar, em vez de fugir, dos credores. Dominou a arte de não se exceder no cartão de crédito.
— Foi complicado até eu tomar totalmente as rédeas das minhas contas. Mas foi um aprendizado muito bom — relata.
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Atuando em eventos como feiras do livro em escolas, Nair tem rendimento variável — ainda mais atualmente, devido às restrições impostas pelo coronavírus, que pararam o seu trabalho. Por isso, sabe que cada real economizado faz a diferença.
— Muita gente não sabe que juntar todo dia R$ 1 vai valer lá na frente. Antes, eu gastava mais do que ganhava. Hoje, consigo economizar — diz.
Na sala de casa, sob uma mesinha, Nair mostrou à reportagem, orgulhosa, duas contas solitárias, de água e de luz. Uma delas, inclusive, paga.
A bacia de contas, hoje, está em cima do guarda-roupas e serve para guardar documentos. Os conselhos de Everton foram divididos com parentes e amigos. E mais: empolgada com as modificações na vida da mãe, a filha de Nair, Karine, 30 anos, formou-se em Gestão Financeira.