Com a intenção de inspirar pessoas que passam por dificuldades financeiras causadas pela pandemia, o comerciante Uilson Droppa, 35 anos, mostra a ideia que fez sua renda aumentar mesmo durante a crise. Ele, que é de Cachoeirinha, começou a fazer artesanato com pneus em 2016 e, hoje, sua a produção já ajuda a pagar as contas.

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– Minha dica para quem não tem recursos para investir é utilizar pneus para a geração de renda extra. Dá para produzir vasos, caminhas e casinhas de cachorros, até poltronas. É simples e fácil, não precisa de muito para começar, já que a matéria-prima é gratuita. Por exemplo, tem borracharias que descartam pneus e é fácil achar até nas ruas. O custo está na compra de parafusos e tintas – explica Uilson.

Segundo Uilson, ele e sua família trabalham em uma padaria, que teve os lucros afetados pela pandemia. 

Em junho do ano passado, o Diário Gaúcho mostrou o trabalho desenvolvido por ele em parceria com moradores do bairro Jardim do Bosque, na limpeza e decoração de uma travessa entre as ruas Goiabeira e Primavera. O local, que até então servia como depósito irregular de lixo, se tornou uma praça. Uilson contribuiu com a confecção de pula-pula, cavalinho e até um jacaré feitos com pneus. Os bancos da praça foram feitos, por outros moradores, com a reutilização de madeira de janelas e pallets.  

Para dar forma aos pneus velhos, ele conta que busca tutoriais na internet, onde encontra vários modelos de objetos que podem ser feitos com pneus. Desta forma, não teve custos com cursos. Além da tinta para colorir, ele utiliza um estilete para o corte da borracha.

Dicas para artesãos

/// De acordo com o Sebrae, a sugestão é tentar desenvolver soluções práticas, desde um pendurador de sapatos a recipientes para guardar alimentos de forma segura. A divulgação das peças pode ser ampliada nas redes sociais, para respeitar o distanciamento social. 

/// Não só para aumentar a renda, se envolver com projetos, artesanatos, entre outros, podem deixar mais fácil o período em casa. “A arte pode beneficiar a vida das pessoas de diversas formas, sendo expressão de sentimentos que lembram dias melhores, acalentando os que sofrem, e também pode ser funcional para quem está em confinamento”, diz a colaboradora do Sebrae Lilian Silvia Simões.

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