Seu Problema é Nosso
Há quase três anos, trabalhadora doméstica aguarda cirurgia no ombro
Maria de Fátima está na fila de espera desde setembro de 2019
Há quase três anos, a trabalhadora doméstica Maria de Fátima Marques dos Santos, 49 anos, aguarda a realização de uma cirurgia para solucionar uma lesão causada por um acidente doméstico que ocorreu em julho de 2018. Ela teve uma queda, que resultou em uma batida, e fez com que dois tendões do ombro se rompessem.
A história dela foi contada em reportagem do Diário Gaúcho em 2020, quando o acidente completou dois anos. No entanto, de lá pra cá nada mudou. Segundo a trabalhadora, por orientação da Secretaria de Saúde de Esteio, ela faz o tratamento no Hospital Universitário (HU) de Canoas, onde também deve realizar a cirurgia:
– Quando me machuquei, consultei com traumatologista e fiz uma ressonância. Um ano depois foi pedido uma cirurgia. Eu estou aguardando desde aquele momento.
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Finanças
Maria conta que foi encaminhada para a lista de espera no dia 4 de setembro de 2019. Atualmente, ela realiza consultas semestrais no HU para que os profissionais possam acompanhar o caso. Além disso, ela faz sessões de fisioterapia, financiadas pelo SUS, duas vezes por semana. Mas, a demora fez com que a dor aumentasse. Ela explica que sente desonfortos em todos os momentos do dia. Assim, fica impossibilitada de realizar tarefas rotineiras, como limpar a casa:
– Tudo que eu faço dói. Meu médico já me deu outros remédios para amenizar a dor. Mas, não sinto melhora.
Durante o ano de 2020, a família enfrentou um momento financeiramente complicado. O marido de Maria ficou um período sem emprego. Hoje, já aposentado, é ele quem arca com as despesas da casa. Antes do acidente, comenta Maria, ela trabalhava como doméstica e cuidadora de idosos. Mas, foi preciso parar desde o ocorrido.
– Eu sempre trabalhei, desde menina. Então, é bem difícil – lamenta.
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Procedimento ainda não tem data
Em nota, a assessoria de imprensa de Canoas informou que “as cirurgias eletivas, assim como em outros municípios do Estado, estão suspensas em função da pandemia. Sendo assim, existe uma demanda reprimida, na qual consta a paciente em questão”. A nota afirma ainda que, atualmente, só são realizadas cirurgias de urgência. A reportagem questionou se há alguma previsão para que as cirurgias eletivas voltem a ser realizadas na cidade. Mas, o retorno obtido foi de que “não há previsão, pois isso depende da situação da pandemia”.
Produção: Kênia Fialho