Na edição do dia 23 de junho, o DG publicou relatos de frequentadores insatisfeitos com as condições do Centro de Comunidade da Vila Floresta (Cecoflor). 

O espaço localizado na zona norte de Porto Alegre dispõe de quadras, campos de futebol, canchas de bocha, piscinas, pracinhas, salões e equipamentos de ginástica e musculação. Toda essa estrutura estava abandonada e sem manutenção. 

A assistente social Maristela Penteado, 48 anos, moradora do bairro Jardim Floresta, explica que utiliza o Cecoflor há mais de 10 anos, mas que, nos últimos meses, suas idas ao local haviam diminuído. Suas atividades favoritas praticadas lá, como caminhadas e exercícios físicos, estavam ficando cada vez mais difíceis de serem executadas. Isso porque o matagal havia tomado conta do Centro. 

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Além de atrapalhar os hábitos saudáveis de Maristela, o mato ainda fazia com que a frequentadora temesse por animais como aranhas e mosquitos transmissores da dengue. 

Outro problema enfrentado pela comunidade foi relatado pelo porteiro Pedro Fallavena, 42 anos, residente do Jardim Floresta e frequentador do Cecoflor desde jovem. Ele explicou, na época, que quem queria aproveitar a estrutura no final da tarde encontrava obstáculos, já que a parte externa do Centro não tinha iluminação adequada. 

O abandono também estava refletido internamente. O local estava sem um coordenador responsável por parte da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ) desde dezembro de 2021.

Reparos 

Passadas quase três semanas desde a veiculação da matéria, Maristela se alegra em contar que as melhorias no Cecoflor começaram. A capina, que era um dos grandes obstáculos nas rotinas da assistente social, foi realizada na segunda-feira passada. 

Dessa forma, as caminhadas e a rotina de exercícios de Maristela retornaram. Assim como os jogos de futebol no final de semana de Pedro. 

– Por enquanto, já está rolando futebol da gurizada e as caminhadas – diz a assistente social. 

Porém, ela reitera que apenas isso não é suficiente. Pracinhas e equipamentos de musculação e exercícios ainda precisam passar por uma restauração para toda a comunidade poder usufruir desse espaço de lazer. 

Em nota, a secretária Débora Garcia, da SMELJ, afirma que os pedidos da comunidade estão sendo atendidos de acordo com a disponibilidade dos serviços. “Estamos trabalhando para que as melhorias sejam providenciadas o mais breve possível”, diz. 

Ela diz que a capina do Cecoflor foi realizada na segunda-feira (4), assim como o início da substituição do encanamento da piscina, que estava impossibilitada de uso. “Na quarta-feira (6), foi verificado o sistema de iluminação”, aponta. 

Sobre a falta de um coordenador na unidade para atender as demandas da comunidade, a SMELJ afirma que esse processo está em andamento, mas ainda não foi concluído.

Saiba como pedir providências

Porto Alegre
/// Na Capital, é possível solicitar providências pela ouvidoria do município, pelos telefones (51) 3289-1200 e (51) 3289-1267, do site ouvidoria.procempa.com.br, ou presencialmente na Rua Siqueira Campos, 1.300, 9º andar, sala 940, no Centro. O atendimento presencial funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 11h e das 14h às 17h. 

/// Também é possível ser atendido pelo canal 156. Moradores de Porto Alegre podem realizar ligações para os números 156 (de dentro do município de Porto Alegre) e (51) 3289-0156 (para números alternativos e/ou ligações de outras localidades). 

/// O serviço também está disponível no site 156web.procempa.com.br e pelo WhatsApp (51) 3433-0156. Solicitações também podem ser feitas pelo aplicativo 156+POA, disponível para dispositivos móveis Android ou iOS, ou e-mail 156poa@portoalegre.rs.gov.br. 

Cidades gaúchas
/// Assim como Porto Alegre, todas as cidades gaúchas possuem ouvidorias municipais. Através deste canal, são abertos protocolos de atendimentos de reclamações, sugestões e dúvidas, que são encaminhados para os órgãos responsáveis com as informações da solicitação. 

/// Depois disso, basta acompanhar o andamento dos pedidos. Para tanto, é preciso anotar o número gerado no atendimento, assim como os prazos de execução da demanda. Caso o pedido não seja atendido, com essas informações também é possível recorrer no município ou em órgãos estaduais. 

Produção: Júlia Ozorio