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Meninas pedem apoio para ir a competições de jiu-jítsu no Brasil e no Exterior

Jovens atletas precisam de ajuda financeira para bancar os custos de viagens

10/11/2022 - 06h00min


Jefferson Botega / Agencia RBS
As irmãs Tifani (de branco) e Ane Beatriz, mais conhecida como Pity, buscam R$ 5 mil para ir a um campeonato mundial em São Paulo

Com idades e experiências diferentes, mas colecionando conquistas e tendo uma paixão em comum, três meninas buscam ajuda para participar de campeonatos de jiu-jítsu.

Duas delas são as irmãs Tifani Kauane Freitas Santos, 14 anos, e Ane Beatriz Freitas Gomes, a Pity, 11 anos. Junto à família, que mora no bairro Partenon, na Capital, as atletas estão arrecadando dinheiro para comprar as passagens e hospedagens necessárias para que consigam ir ao Mundial de Jiu-jítsu Esportivo, em São Paulo. Tifani lutará nos dias 26 e 27 de novembro, e Pity, no dia 27. A família também está aceitando ajuda para levar Tifani no campeonato European Kids Jiu-Jitsu, na Irlanda, no continente europeu, que ocorre no início de dezembro.

Ir para essa competição na Europa é também o desejo da atleta Bianca dos Santos Ribeiro, 12 anos, mais conhecida como Bianca Nega Touro. Para viajar, ela e os pais, moradores do bairro Santo Onofre, em Viamão, estão atrás de apoio para pagar os custos que terão com alimentação durante uma semana. Na Irlanda, a moeda é o euro — e cada euro vale cerca de R$ 5.

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Irmãs no tatame

No caso de Tifani e Pity, o valor buscado para o campeonato em São Paulo é de R$ 5 mil. Se sobrar algum dinheiro, vai ser destinado à alimentação na viagem. A ajuda pode ser feita via Pix, com a chave 00368966089, ou por meio da compra de uma rifa de café da manhã (cada número custa R$ 5). Para saber mais, entre em contato pelo (51) 99301-4113, com a mãe das atletas, a diarista Rita de Cassia Goulart de Freitas, 41 anos. Ela ainda acrescenta:

— Para o outro mundial, teve uma senhora que doou um saco com 50 pipoquinhas e nós vendemos as 50 pipoquinhas na rua. Tinha pessoas que, às vezes, doavam caixinhas de bala de goma e nós saíamos para vender.

Jefferson Botega / Agencia RBS
Inspirada pela irmã e precisando de ajuda para lidar com a asma, Pity entrou no esporte aos sete anos

Na competição, Pity garante que vai "com tudo" para ganhar. Com o lema "no país do futebol, o tatame é o nosso gramado", as irmãs têm o mesmo sonho de levar o jiu-jítsu para o futuro. Elas treinam, de forma gratuita, no projeto social Jaca Team, com o mestre Alexandre Jaca, em uma estofaria.

Rotina

Jefferson Botega / Agencia RBS
Para o futuro, Tifani sonha em se tornar faixa preta e ter um projeto social de jiu-jítsu

Tifani foi a primeira a começar no esporte, em 2017, aos nove anos. Já Pity, iniciou em 2019, com sete, tendo o esporte também como um aliado na melhora da asma. A rotina das duas vai de segunda a sábado no jiu-jítsu, além das aulas funcionais que fazem ao longo da semana.

Para levar Tifani ao campeonato European Kids Jiu-Jitsu, na Irlanda, o custo é mais alto: cerca de R$ 24 mil para pagar hospedagem, passagem do acompanhante e alimentação. 

— Vai ser bom, eu vou ter mais visibilidade no jiu-jítsu e vou ficar muito feliz também – destaca a jovem sobre sua expectativa.

Rumo à Irlanda

Para completar o que Bianca Nega Touro precisa para competir em solo europeu, a família da atleta está com a meta de conseguir R$ 5 mil. No momento, faltam pelo menos R$ 2,5 mil. As doações podem ser feitas pelo Pix, com a chave 51984795762. Para obter mais informações, é possível falar com o pai da atleta, o motoboy Marcelo Melo Ribeiro, 37 anos, pelo (51) 99164-7181.

A hospedagem está combinada com um conhecido que mora na Irlanda. E as passagens foram compradas com o dinheiro da venda de cuias feitas para arrecadar fundos para a viagem e do leilão de duas facas de alto valor.

— De onde eu ia tirar 14 mil para comprar uma passagem, sendo motoboy? Não tem como. E fora isso, tem alimentação, hospedagem — ressalta Marcelo, sobre a importância das ajudas.

"Amor"

Bianca entrou no mundo dos esportes com quatro anos, quando descobriu o karatê. Na busca por aulas em Viamão, não encontrou um lugar para praticar e foi para o kung fu. Já aos sete anos, começou no jiu-jítsu, que foi um "amor à primeira vista", conta ela. Hoje, Bianca treina em uma academia em Cachoeirinha de duas a três vezes por semana, intercalando com treino físico em casa, com ajuda do pai.

— Eu não consigo ver meu futuro sem o jiu-jítsu — afirma.

Para a mãe, a dona de casa Arlete Moraro dos Santos Ribeiro, 42 anos, a jovem atleta é "um orgulho".

— Vestimos a camiseta dela, compramos esse sonho dela e queremos mostrar para as pessoas que é possível, onde a família abraça seu filho, o filho vai longe.

Produção: Isadora Garcia



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