Guerra do tráfico
Oito meses depois, morte do traficante Xandi ainda é misteriosa para a polícia
Investigação de Tramandaí faz levantamento dos fuzis apreendidos no Estado este ano para comparar com munições usadas para matar Alexandre Goulart Madeira. Polícia tem convicção de que crime foi encomendado por rival, mas executores ainda são desconhecidos
A execução do traficante Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, morto com um tiro de fuzil 5.56 na cabeça, no dia 4 de janeiro, em Tramandaí, ainda é considerada misteriosa pela polícia. A expectativa da DP de Tramandaí, para chegar aos executores, é rastrear o fuzil usado para cometer o assassinato.
- Temos a convicção de que foi um crime encomendado pelo Teréu (Cristiano Souza da Fonseca). Quem foram os executores, porém, ainda estamos trabalhando para identificar - aponta o delegado Paulo Perez.
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Segundo ele, 12 fuzis 5.56, ou compatíveis com essa munição, apreendidos este ano no Estado já foram listados pelos investigadores. O delegado acredita que a contagem chegue a 20 armamentos. Com esse levantamento, a polícia deve encaminhar ao IGP os pedidos para comparação de balística com os estojos apreendidos no dia do assassinato do traficante.
A morte de Xandi, apontado como o líder do tráfico em boa parte de Porto Alegre a partir do condomínio Princesa Isabel, no Bairro Santana, despertou uma guerra aberta entre facções que atuam no tráfico de drogas da Região Metropolitana, até a morte do suposto mandante do crime, dentro da Pasc, em maio deste ano.
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A polícia também desenvolve um inquérito para apurar suposta lavagem de dinheiro coordenada por Xandi. Entre os bens apreendidos como suspeita de terem sido adquiridos com dinheiro do crime estão os carros que estavam na casa de praia alugada pelo criminoso quando foi morto.
Na última semana, quatro homens supostamente ligados à quadrilha tentaram retirar dois desses veículos do depósito do Detran em Tramandaí usando documentos falsos. Acabaram presos por estelionato.
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